QUEM ATROPELA PODE SER ATROPELADO

É comum no Brasil um político de certa importância que se vê complicado no seu partido, buscar outra legenda mesmo sem o consentimento dos dirigentes locais que são atropelados por medalhão que faz uso do seu prestígio pessoal e modifica a executiva municipal na força bruta. Às vezes encontram dificuldades, mas na maioria dos casos ficam impunes. Em Caraguá o Álvaro foi atropelado pelo grupo do PSDB numa ação abrutalhada. Sofreu prejuízos irreparáveis e o PMDB virou uma sucursal do PSDB. A morte do Quércia desequilibrou o partido no estado de São Paulo. O Juan fez o mesmo atropelou o diretório local, mas a justiça resolveu por a casa em ordem e devolveu o partido aos antigos dirigentes. Ele diz que isso não modifica a sua situação política e vai ser candidato assim mesmo. Será que a executiva estadual vai atropelar de novo uma possível decisão local de não lhe dar a legenda de candidato a prefeito?
O que aconteceu com Álvaro em Caraguá agora acontece com o Juan e de lá de cima pode não vir a ordem capaz de garantir a sua candidatura. Se tivesse feito a intervenção de forma menos agressiva poderia ter o apoio dos convencionais locais e assim ficaria tranquilo. Se houve necessidade de recorrer a justiça para reaver o partido, certamente a executiva local não vai querer dar espaço para quem pode surpreender de novo. É como na luta de boxe, se o adversário tontear é bom nocautear logo para evitar que recupere o fôlego.
Nessas alturas a vida do Ernani, PH, Felipe Augusto, Balute e demais postulantes à cadeira de prefeito poderá ser facilitada com a impossibilidade do Juan concorrer.