quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sobre a inclusão escolar.



De
:
Eloisa Helena Catanio 


João Lucio

A maioria das opiniões foram favoráveis em enviar crianças para APAE sem
considerar particularidades que cada caso apresenta. Alega que não podem ser
igualadas, mas é exatamente isso que estão fazendo. Outro ponto que não
poderia deixar de me manifestar contra é a colocação que estariam através
dessa socialização prejudicando o desenvolvimento regular das outras
crianças. Quando falamos no desenvolvimento de crianças não podemos
esquecer o respeito as diversidades.
Escreveu sobre a criação de salas especiais para atender crianças com
dificuldade de aprendizado e para as super dotadas, isso já está previsto em
lei. Não foram enviadas a escola regular sem diretrizes de como “deveria”
serem feitas essas inclusões;
Escrevo deveria pois na teoria o programa de inclusão é perfeito, na prática
é deficiente e pouco funcional. A grande maioria dos envolvidos no
atendimento a essas crianças não tem capacidade ou competência para atuarem
nesse processo.
Outro ponto que gostaria de abordar é: “Nivelar todo mundo pelo mínimo” não
é essa a base da inclusão escolar. O principio da inclusão é a equidade,
consiste na adaptação da regra existente à situação concreta, observando-se
os critérios de justiça e igualdade, sendo que essa “igualdade” não
significa tornar igual, não é nivelar, o contrário: as diferenças, em vez de
inibidas, devem ser valorizadas. É o principio da superação.

Tenho um filho de 7 anos com deficiência de aprendizado por causas ainda em
diagnóstico, e posso garantir que não sou solidária a essa deficiência,
minha luta diária é explorar toda sua potencialidade.
Não acompanhei a intenção da Yvis em relação a APAE, minha sugestão seria a
descentralização, ao invés de enviar todas as crianças para a APAE, levar a
APAE até essas crianças que necessitam e tem DIREITO a atendimento
especializado.

Acredito também que TODOS DEVERIAM SER DEFENSORES DA INCLUSÃO, segregar é
que não pode.

Um comentário:

munícipe preocupado disse...

Não se trata de segregar, mas saber lidar com as diferenças.
Infelizmente, existem pessoas com deficiência de desenvolvimento, que precisam de tratamento diferenciado para atingir todo potencial possível. Hoje, as escolas mal conseguem alfabetizar as crianças sem deficiência, o que dirá alunos com necessidades diferenciadas.
Na verdade, as crianças deficientes precisam de mais atenção, vários tipos de terapias e acompanhamento mais meticuloso.
Não basta simplesmente coloca-las em uma sala de aula com mais 30 ou 35 alunos e esperar que elas acompanhem. Além disso, os professores não tem formação para lidar com alunos deficientes.
E também não adianta ficar repetindo que são especiais ou qualquer outra expressão para mascarar a situação. Devemos ser realistas e oferecer TUDO que for possível para essas crianças atingirem seu potencial, mas sem esquecer que se trata de crianças deficientes que precisam de acompanhamento especializado.
Acho que já se passou o tempo em que se escondiam as crianças diferentes em casa, por vergonha ou qualquer outro motivo burro.
Mas nem por isso elas deixam de ser diferentes em suas necessidades e precisam ser tratadas como tal.