Quem tem acompanhado a programação do canal de TV, oficial do governo federal, "BR" ou TV Brasil, pode ver que, enquanto o mundo se preocupava à sombra da chamada "Guerra Fria" envolvendo Estados Unidos e Rússia, cada um com medo do outro, a América ficava entre uma doutrina e outra, o Capitalismo e o Comunismo, como se fosse parte das divergências ideológicas das grandes potências. Cuba foi o único país da Região a aderir ao regime comunista com a revolução encabeçada pelo Fidel, que até hoje controla o poder Cubano. Os americanos recebiam informações de que em países sul-americanos como Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, havia parte da população, que comungava com possibilidade de instalação de um regime do tipo comunista, nesses países, e isso causava pavor aos americanos. A programação histórica da TV mostra claramente as conversas oficias dando conta de que a CIA, órgão de inteligência dos Estados Unidos, organizava a chamada resistência anti-comunista que seria bancada com dinheiro do Tio Sam, o Dolar.
Foram despejados milhões de dólares destinados ao financiamento das ditaduras militares, que serviam de garantia aos americanos de que aqui, na América, não se instalaria o comunismo. A truculência era a tônica e, muitos cidadãos que pensavam ou defendiam a idéia de se tornarem comunistas, foram mortos, presos sem nenhuma acusação formal, expulsos dos seus países, ou simplesmente desapareceram sem deixar pistas.
Cuba continuou na sua luta pelo regime que implantou, sofreu todas as formas de restrições econômicas e foi o único país que experimentou uma nova realidade.
Difícil é responder algumas perguntas como:
-Será que seria implantado o comunismo no Brasil se não houvesse intervenção militar?
-Teria o Brasil evoluído mais ou menos se os militares não tomassem o poder à força?
-O ser humano brasileiro é hoje mais evoluído do que seria sem os militares no poder?
-O sofrimento do povo brasileiro com a perda da liberdade e das vidas que foram ceifadas foi maior ou menor do que o sofrimento dos Cubanos que foram submetidos ao regime do Fidel?
Essas perguntas ficam no ar.
A história se encarrega de registrar os fatos e a posteridade se incumbe de avaliar cada situação, mas que as famílias e amigos dos que desapareceram, ou na guerrilha ou na repressão, ainda estão indignados, não se pode negar.
Violência não se justifica e a intervenção de alguns países nas políticas internas de outros, nunca deveria ser admitida. Roupa suja se lava em casa.
Hoje, depois da queda do Império Russo e do recente fracasso econômico do regime do Tio Sam, pode-se afirmar que nem tudo que reluz é ouro e nem tudo que balança cai. A superioridade americana ou Russa em relação aos outros povos, era, à época, apenas uma questão se semântica. Uma potência desapareceu e a outra anda ofegante.
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