sábado, 30 de março de 2013

ECONOMIA DESNECESSÁRIA

Ao chegar ao caixa de um supermercado, havia à minha frente um senhor de uns sessenta anos, que passava uma compra de 150 reais. A moça do caixa perguntou se queria nota paulista, ele respondeu afirmativo e ditou seu número de CPF. Sem seguida entregou ao catão para que fosse cobrada a compra. A moça perguntou se era débito ou crédito e ele respondeu que ra crédito e em três parcelas. Talvez preocupado coma minha presença ao seu lado, passou a justificar o porque da sua opção pelo parcelamento da compra no cartão, em voz alta pra que eu ouvisse, e dizia que se o preço é o mesmo à vista ou a prazo não valia a pena pagar de uma só vez. Vendo que eu não dei atenção à sua explicação, dirigiu a palavra a mi e perguntou: “o senhor não acha que se trata de um fundamento básico de economia, pagar a prazo o se não houver desconto à vista?”
Eu não tinha interesse em intrometer-me na sua vida, mas como me dirigiu a pergunta, eu respondi,  com base na minha formação como economista que ele não conhecia.
Respondi dizendo que isso é uma questão de opção, mas seria conveniente levar em conta que cartão de crédito nunca foi bom parceiro. Quem tem o dinheiro na conta, deve pagar à vista porque a obrigação de controlar o vencimento do cartão e de ter que ir ao banco pagar a fatura, se não tiver internet em casa, podem custar mais caro o molho do que o peixe.
Vamos às contas. O valor de 150 reais aplicados na poupança por 45 dias que seria o prazo médio de quem paga em três parcelas, vai render aproximadamente 0,75% de juros, o que vai somar em moeda corrente nacional, R$1,00 (um real) em 45 dias. Será que compensa parcelar no cartão tais valores para punir o supermercado que não deu desconto à vista e ganhar 1 real de juros e ainda ter que efetuar o pagamento de cada parcela na data certa sob pena de virar uma bola de neve, uma dívida tão pequena? 
Quem tem o dinheiro na conta deve comprar à vista principalmente alimentos e produtos de consumo regular, porque o dinheiro que não foi usado para comprar esses bens, acabará financiando, filhos folgados, amigos sem escrúpulo, ou incentivando consumo desnecessário.
Talvez aquele senhor esteja fazendo uma economia que não irá resultar em nada prático no seu planejamento de vida.
Cartão é suicídio.

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