Um cidadão de Caraguá sofreu um acidente vascular em uma das pernas e foi submetido a um processo de amputação no meio da coxa direita. O fato ocorreu há cerca de dois anos, já se adaptou à ideia e agora está preparando a documentação pra compra de um automóvel adaptado à sua deficiência. Tudo normal se não fosse o problema de estar sofrendo o mesmo problema na outra perna. Foi atendido na rede pública municipal, encaminhado ao AME e depois para exames em São Paulo. Os exames deram pela necessidade de intervenção cirúrgica. Agora, a decepção. De posse dos exames que deverão ser apresentados ao médico especialista da área, foi informado que o agendamento de sua consulta em Taubaté fora designado para outubro. O homem de 53 anos, teve uma crise de choro provocada pelo medo de perder a outra perna que dói constantemente. Sem outra alternativa e sem acesso ao sistema, transmiti o fato ao vereador Tato e pedi que busque junto à estrutura da saúde pública de Caraguá uma antecipação desse agendamento porque outubro poderá ser longe demais.
O pessoal da saúde que tanto reclama das nossas críticas poderia ajudar a salvar a única perna que restou ao meu amigo. O Tato sabe o nome e os dados do paciente. Acho uma vergonha ter que recorrer a um vereador, que tem outras ocupações, para resolver problemas dessa natureza. Uma humilhação necessária. Tomara que o vereador tenha algum canal, se não, eu vou fotografar a perna amputada colocar no quadro e mandar a foto para decorar o gabinete do prefeito. É desumano submeter uma pessoa ao sofrimento de dores e ao medo da perda da perna, por mais cinco meses.
É desumano.
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