Em entrevista ao Jornal da Vanguarda, o governador Geraldo Alckmin do PSDB anunciou as medidas que estão sendo implementadas para melhorar a segurança pública na região metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. O fato que provocou a visita do governador é o aumento da criminalidade na região que mostra através dos dados oficiais um acréscimo considerável dos crimes contra patrimônio e contra pessoas.
Falou da contratação de novos policiais civis e militares e da instalação de um gabinete regional de segurança que inclui a participação conjunta das duas polícias (civil e militar) mais o ministério público, o que deve, pelo menos na teoria, melhorar o rendimento das polícias que nos últimos tempos está perdendo para o crime. Claro que se a criminalidade cresce é porque a segurança pública está deficiente.
Do outro lado, o governo federal anunciou, hoje mesmo, que as vagas de emprego crescem e não há profissionais para preenchê-las.
Uma coisa tem a ver com a outra e o Litoral Norte, principalmente, investe pouco em profissionalização e geração de postos de trabalho por aqui. Por isso, é que se pode afirmar que o Litoral contribui com os índices de criminalidade e tem suas cidades incluídas entre as mais violentas do estado. Caraguatatuba é uma das cidades que nos últimos dez anos, sempre se colocou entre as que mais têm homicídios e a polícia insiste em dizer que isso não é importante porque "é nóia mantando nóia".
Profissionalização e geração de postos de trabalho são tão importantes quanto o aumento de contingentes policiais.
Não se viu, na fala do governador, nenhuma referência ao possível monitoramento da profissionalização e nível de emprego da juventude. Muitos jovens poderiam aprender a trabalhar honestamente se tivessem orientação e qualificação e oportunidade.
Quem não educa terá que reprimir no futuro e assim, de caso em caso, quantos presídios e quantos policiais teremos no futuro?
O governador falou que São Paulo não produz crack nem cocaína, e que seria do governo federal a obrigação de impedir que a droga chegue por aqui. Só que, se tantos usuários conseguem comprar a droga, por que as autoridades não conseguem acabar com os estoques dos grandes fornecedores?
Combater com firmeza o comércio de drogas é mais importante do que gastar tanto dinheiro na tentativa de recuperação dos viciados. Sabe-se que a droga é responsável por grande parte dos crimes e o combate a esse crime tem sido ineficaz.
Se for aumentado o contingente policial mas não se aprimorarem os métodos de trabalho e a seriedade dos agentes policias, nada irá mudar a não ser o tamanho do problema Só com aumento de contingente não dá pra ser otimista.
João Lúcio Teixeira
Falou da contratação de novos policiais civis e militares e da instalação de um gabinete regional de segurança que inclui a participação conjunta das duas polícias (civil e militar) mais o ministério público, o que deve, pelo menos na teoria, melhorar o rendimento das polícias que nos últimos tempos está perdendo para o crime. Claro que se a criminalidade cresce é porque a segurança pública está deficiente.
Do outro lado, o governo federal anunciou, hoje mesmo, que as vagas de emprego crescem e não há profissionais para preenchê-las.
Uma coisa tem a ver com a outra e o Litoral Norte, principalmente, investe pouco em profissionalização e geração de postos de trabalho por aqui. Por isso, é que se pode afirmar que o Litoral contribui com os índices de criminalidade e tem suas cidades incluídas entre as mais violentas do estado. Caraguatatuba é uma das cidades que nos últimos dez anos, sempre se colocou entre as que mais têm homicídios e a polícia insiste em dizer que isso não é importante porque "é nóia mantando nóia".
Profissionalização e geração de postos de trabalho são tão importantes quanto o aumento de contingentes policiais.
Não se viu, na fala do governador, nenhuma referência ao possível monitoramento da profissionalização e nível de emprego da juventude. Muitos jovens poderiam aprender a trabalhar honestamente se tivessem orientação e qualificação e oportunidade.
Quem não educa terá que reprimir no futuro e assim, de caso em caso, quantos presídios e quantos policiais teremos no futuro?
O governador falou que São Paulo não produz crack nem cocaína, e que seria do governo federal a obrigação de impedir que a droga chegue por aqui. Só que, se tantos usuários conseguem comprar a droga, por que as autoridades não conseguem acabar com os estoques dos grandes fornecedores?
Combater com firmeza o comércio de drogas é mais importante do que gastar tanto dinheiro na tentativa de recuperação dos viciados. Sabe-se que a droga é responsável por grande parte dos crimes e o combate a esse crime tem sido ineficaz.
Se for aumentado o contingente policial mas não se aprimorarem os métodos de trabalho e a seriedade dos agentes policias, nada irá mudar a não ser o tamanho do problema Só com aumento de contingente não dá pra ser otimista.
João Lúcio Teixeira
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