quarta-feira, 19 de junho de 2013

GOVERNO DE SÃO PAULO DESAGRADA A CLASSE MÉDICA

Acaba de ser aprovado no estado de São Paulo um plano de carreira para os médicos da rede estadual. Em princípio parecia que o estado estivesse dando um passo à frente na questão da falta de médicos na rede pública. Um médico fez a comparação entre os profissionais médicos e os advogados, por exemplo. Disse ele que o advogado consegue ser promotor público, juiz, desembargador, procurador de municípios, de estados e da União, com salários altos e plano de carreira. Evoluem na carreira e podem atingir remunerações de mais de trinta mil reais. Aos médicos, os municípios e estados oferecem salários de 2 a 3 mil reais, não conseguem progressão e acabam aposentados com salários miseráveis.
O governo do Geraldo aprovou um plano de carreira que prevê um salário de cerca de 9 mil reais para uma jornada de 40 horas semanais, mas o salário somente será tingido depois de vários anos com a incorporação de percentuais a cada ano. O pior do plano de carreira é que os médicos atuais que se encontrem perto do tempo de se aposentarem, tiveram seus salários reduzidos com a extinção de gratificações. Acabaram com o cargo de médico sanitarista e alguns outros. Neste caso, os médicos sanitaristas que estejam com mais de 20 anos de casa, passaram a ser comparados aos recém admitidos e irão se aposentar com salário menor do que poderia conseguir se não houvesse a mudança.
Os médicos estão ingressando na justiça com ações pleiteando a anulação dos efeitos da nova lei sobre o direito adquirido.
Acredite se quiser, mas um médico novato terá um salário de menos de 3 mil reais por mês.  A falta de pediatras nos hospitais e nas UPAS se justifica diante dessas políticas públicas que não respeitam os médicos. Um prefeito analfabeto ganha 20 mil ou até mais e um médico que cuida das vidas humanas é tratado desse jeito. Enganaram os médicos da rede paulista de saúde  pública.

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