CONSELHEIROS DA SAÚDE DE CARAGUÁ
ENTRAM NO PROCESSO DO HOSPITAL
Dois membros do conselho
municipal de saúde de Caraguatatuba,
Franklin e Edinho ingressaram no processo me que a prefeitura requer autorização para intervir
no hospital da cidade. Os dois protocolizaram uma petição que informa ao juiz da
causa que a medida interventiva não foi submetida ao conselho municipal de
saúde, que é o órgão que tem competência para deliberar sobre assunto de grande
importância. Afirmaram que a medida interventiva nunca foi objeto de discussão
na conferência municipal de saúde, órgão competente para debater e determinar
as prioridades das políticas públicas de saúde no município. Disseram também
que o prefeito está desrespeitando a legislação vigente que garante o controle
social das políticas de saúde do SUS através esses órgãos legais que ouvem o
povo e através dessas audiências
fiscaliza a realização das ações dos gestores das verbas vindas do sistema de
saúde intergovernamental. Há nesses processos de atendimento ao público, verbas
federais, estaduais e municipais. Dizem no documento que a UPA foi construída
em local não determinado pelos órgãos deliberativos que haviam decidido que a
UPA seria construída no Porto Novo e uma Sala de Estabilização com médicos 24
horas seria instalada no Bairro Massaguaçu, mas o prefeito preferiu ignorar as
deliberações e construiu a seu bel prazer a UPA no centro da cidade,
provavelmente com a intenção de desestabilizar o hospital que vinha realizando
serviços no centro da cidade. O projeto deliberado era manter o hospital em
funcionamento e instalar as duas outras unidades, nos bairros para desafogar o
hospital que não dava conta do volume total do pronto atendimento.
Finalmente pediram ao juiz que
não autorize a intervenção, sem que os órgãos deliberativos sejam consultados, porque
as políticas de saúde empreendidas pela prefeitura são temerárias.
Sugerem no documento que
protocolizaram, que o prefeito poderia intervir por decreto, sem autorização
judicial, mas que está querendo jogar no colo da justiça a responsabilidade
pelo possível fracasso da sua aventura.
O advogado contratado pelos
autores é o Dr. Álvaro Alencar Trindade.
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