domingo, 25 de agosto de 2013

DOMINGO TEM VIDA NUMA CIDADE OPERÁRIA

Há quem pense que os finais de semana na praia são insubstituíveis, mas na prática, a teoria pode ser outra. Não é possível imaginar que nas cidades chamadas de "cidades grandes" as pessoas só trabalham e enfrentam trânsito. São José dos Campos mostra que é possível crescer sem perder as referências sociais ou sociológicas, como queiram. As áreas verdes que foram preservadas, como o Parque Santos Dumont, localizado no foco de inúmeros apartamentos e casas, junto ao SESC, perto do centro da cidade, o Parque Vicentina Aranha, com área que se aproxima de 50 mil metros quadrados ou cerca de sete campos de futebol, localizado na área nobre, o Parque da Cidade que se localiza na antiga propriedade da família Severo Gomes, ou fábrica de cobertores Parahiba, ou a enorme praça localizada no meio do Jardim Aquarius, são muito importantes. Esses parques formam um conjunto de equipamentos que tanto nos dias normais como nos finais de semana servem de lazer aos moradores e possibilita o convívio entre famílias.
O Vicentina tem programação sócio cultural em todos os finais de semana, como música de boa qualidade ao vivo, podendo destacar como exemplo a orquestra sinfônica de Campos de Jordão, ou o grupo de choro "Conversa Afiada" que hoje pela manha estava lá sendo assistido em pleno meio dia, por mais de duzentas pessoas que até cantarolavam as músicas como "Carinhoso".
No Parque da Cidade a exposição de orquídeas com palestras sobre o cultivo e cuidados com essas plantas que emocionam aos mais sensíveis.
O que predomina nesses cenários, são os casais com média de 35 anos de idade com filhos pequenos, mulheres grávidas, cãezinhos de estimação, tudo a mostrar que as cidades que cuidam do ambiente acabam por garantir a própria preservação da espécie humana.
Quando desço a serra e volto pra Caraguá, cidade que a gente adora, noto o quanto é diferente o foco dos governos. As praças de Caraguá estão abandonadas, a começar pela praça Cândido Mota, a do coreto, cujos bancos dão nojo. Gramados sem grama, jardins sem flores.
O fato mais grave é a situação do Indaiá em que a prefeitura cedeu todas as áreas de praça pra construções de prédios e agora com a liberação da construção e apartamentos, o povo vai tomar sol ou passeara com crianças e cachorrinhos aonde?
Acabaram com urbanidade do Indaiá e agora estão ameaçando depredar outros locais como a Praia da Palmeiras em que o prefeito Antônio Carlos do PSDB, quer ceder área de praça para construção e aquário para exploração de particular.
Como não pode mais ser prefeito e certamente não vai conseguir eleger o sucessor, vai embora como já fez antes e quem quiser que fique com os problemas que o tal visionário futurista vai deixar.
O projeto de desafetação da área de praça já está na câmara, só falta os vereadores autorizarem o ACS destruir mais uma possibilidade de futuro do povo de Caraguá.
Prefeito tem que gostar de gente e não somente de saco de cimento ou de mármore branco.
Alguém poderá dizer que eu devesse mudar pra São José, mas isso poderá ser dito por alguém que esteja se beneficiando desse governo predatório e sem vocação social. Eu quero ser feliz em Caraguá e não quero que as praças virem negócio pra essa turma do mal que anda destruindo o ambiente.
O Caiçara merece respeito.

Nenhum comentário: