terça-feira, 27 de agosto de 2013

A BOLIVIA JÁ FOI LONGE DEMAIS


A relação diplomática entre Brasil e Bolívia, tem sido abalada por insistentes teimosias do governo Evo Morales que insiste em afrontar o Brasil sempre que alguma situação especial se apresenta. Foi assim no caso da desapropriação do complexo industrial da Petrobrás, instalado com verbas brasileiras em território boliviano. Simplesmente tomou posse das instalações e nem discutiu a questão. Foi um abuso inaceitável, mas que o Brasil resolveu relevar por conta da necessidade de importação do gás boliviano pelo Brasil. Recentemente, depois que o senador boliviano Roger Pinto Molina, recebeu asilo político e passou a morar em um quarto de 20 metros quadrados dentro da embaixada brasileira em território boliviano, a Bolívia fez questão de desafiar novamente as regras de direito internacional, quando manteve presos 13 torcedores do Corinthians mesmo sem culpa formada, por conta de investigação sobre o uso indevido de fogos de artifício em um estádio de futebol. A segurança dos torcedores naquele estádio era de responsabilidade do clube boliviano que mandava o jogo contra o Corinthians e das autoridades policiais bolivianas que não deveriam ter permitido a entrada de fogos de artifícios no estádio. Claro que há de se considerar abusiva a iniciativa dos torcedores de levarem esse tipo de produto ao estádio.

A Bolívia não aceitou as ponderações das autoridades brasileiras, para que libertassem os torcedores brasileiros, e ainda desconsiderou as visitas de nossas autoridades incluindo a visita do ministro da justiça que lá se dirigiu para negociar a libertação dos brasileiros.

Voltando ao caso do senador boliviano que estava asilado na embaixada do Brasil em território boliviano, temos a considerar que as autoridades bolivianas já haviam feito algumas exigências que incluíam substituição de embaixador do Brasil na Bolívia, o que foi atendido pelo nosso país, mas em nenhum momento a Bolívia se dispôs a respeitar a convenção de Caracas, assinada pelos dois países, que obriga aos países que subscreveram a convenção a conceder salvo conduto aos cidadãos exilados, para que sejam retirados do território de origem. Isso quer dizer que, uma vez concedido o asilo político em embaixada situada no território de origem, o país a que pertence o cidadão asilado, tem que permitir ao país que concede o asilo a possibilidade de retirar livre o cidadão daquele país e conduzi-lo ao país do asilo.

A medida visa a proteger os presos políticos que depois de dominados por um governo nem sempre legítimo passa a perseguir e prender seus adversários por pura vingança e para tal usam a força militar e os presídios, que acabam sendo sítios de torturas e sofrimentos injustos.

Os países da América do Sul tiveram inúmeras razões para assinarem aquela convecção tendo em mira a história recente da região que mostra o quanto os direitos humanos foram desrespeitados no países do chamado cone sul. Quem não se lembra do Pinochet, Médici, e outros comandantes torturadores que levaram muitos cidadãos à morte em nome do anticomunismo?

Toda essa operação na América foi financiada pelos malditos dólares americanos que com medo da Rússia pagavam a conta da tortura.

O embaixador brasileiro que retirou o senador Boliviano do território da Bolívia e o trouxe para o Brasil de forma cinematográfica, merece reflexão porque não seria justo entregar um cidadão político ao assédio do governo arbitrário do Evo Morales.

As relações diplomáticas devem ser respeitadas, mas se um paisinho pequeno e sem expressão afronta a nação brasileira em diversas ocasiões, alguém precisa ter a coragem e baixar a crista dos governantes pirotécnicos que se perpetuam no poder à custa de mudanças de constituição e com uso de artifícios antidemocráticos. É caso do governo Evo, do falecido Hugo Chavez, que muito se aproximam dos governos autoritários de países do oriente médio que usam os lucros do petróleo do povo, para escravizarem o próprio povo.

A Bolívia merece ser considerada nossa irmã desde que respeite as regras de convivência impostas pelo lógica da boa vizinhança. Nós temos recebido de braços abertos inúmeros imigrantes bolivianos que fogem da fome e da miséria existente por lá, e não há registros de desrespeito das autoridades do Brasil, em relação aos direitos, às vezes duvidosos dos cidadãos bolivianos que aqui ingressam quase sempre de forma clandestina. Trabalham e vivem no Brasil sem serem importunados politicamente.

Quer saber? O Evo já estava merecendo esta resposta do Brasil porque já folgou demais nas suas afrontas aos brasileiros.

Democracia, implica em respeitar os direitos das minorias e sem democracia não há liberdade de pensamento.

Existem pessoas que acham que democracia é eles mandarem em nós, e que ditadura é nós mandarmos neles. Está cheio de comunistas mal resolvidos que pensam em mudar constituições para continuarem no poder, inclusive aqui no Brasil. Tem gente que acha o máximo as ditaduras veladas de Chavez e Evo. Quem conheceu o Brasil naquelas épocas das ditaduras sabe o que isso significa. Nenhum governante pode ter mais poderes do que o que as urnas lhes podem dar.  Se chegar a hora de votar a soberania do voto tem que ser respeitada, sem truques e nem mágicas. O povo troca o governo na hora que entender oportuna. Esse é o regime de governo sonhado pelos inventores da chamada democracia.

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