A relação diplomática entre
Brasil e Bolívia, tem sido abalada por insistentes teimosias do governo Evo Morales
que insiste em afrontar o Brasil sempre que alguma situação especial se
apresenta. Foi assim no caso da desapropriação do complexo industrial da
Petrobrás, instalado com verbas brasileiras em território boliviano.
Simplesmente tomou posse das instalações e nem discutiu a questão. Foi um abuso
inaceitável, mas que o Brasil resolveu relevar por conta da necessidade de
importação do gás boliviano pelo Brasil. Recentemente, depois que o senador
boliviano Roger Pinto Molina, recebeu asilo político e passou a morar em um
quarto de 20 metros quadrados dentro da embaixada brasileira em território
boliviano, a Bolívia fez questão de desafiar novamente as regras de direito
internacional, quando manteve presos 13 torcedores do Corinthians mesmo sem
culpa formada, por conta de investigação sobre o uso indevido de fogos de
artifício em um estádio de futebol. A segurança dos torcedores naquele estádio
era de responsabilidade do clube boliviano que mandava o jogo contra o
Corinthians e das autoridades policiais bolivianas que não deveriam ter
permitido a entrada de fogos de artifícios no estádio. Claro que há de se
considerar abusiva a iniciativa dos torcedores de levarem esse tipo de produto
ao estádio.
A Bolívia não aceitou as ponderações
das autoridades brasileiras, para que libertassem os torcedores brasileiros, e
ainda desconsiderou as visitas de nossas autoridades incluindo a visita do ministro
da justiça que lá se dirigiu para negociar a libertação dos brasileiros.
Voltando ao caso do senador
boliviano que estava asilado na embaixada do Brasil em território boliviano,
temos a considerar que as autoridades bolivianas já haviam feito algumas
exigências que incluíam substituição de embaixador do Brasil na Bolívia, o que
foi atendido pelo nosso país, mas em nenhum momento a Bolívia se dispôs a
respeitar a convenção de Caracas, assinada pelos dois países, que obriga aos países
que subscreveram a convenção a conceder salvo conduto aos cidadãos exilados,
para que sejam retirados do território de origem. Isso quer dizer que, uma vez
concedido o asilo político em embaixada situada no território de origem, o país
a que pertence o cidadão asilado, tem que permitir ao país que concede o asilo
a possibilidade de retirar livre o cidadão daquele país e conduzi-lo ao país do
asilo.
A medida visa a proteger os
presos políticos que depois de dominados por um governo nem sempre legítimo
passa a perseguir e prender seus adversários por pura vingança e para tal usam
a força militar e os presídios, que acabam sendo sítios de torturas e
sofrimentos injustos.
Os países da América do Sul
tiveram inúmeras razões para assinarem aquela convecção tendo em mira a
história recente da região que mostra o quanto os direitos humanos foram
desrespeitados no países do chamado cone sul. Quem não se lembra do Pinochet,
Médici, e outros comandantes torturadores que levaram muitos cidadãos à morte
em nome do anticomunismo?
Toda essa operação na América foi
financiada pelos malditos dólares americanos que com medo da Rússia pagavam a
conta da tortura.
O embaixador brasileiro que
retirou o senador Boliviano do território da Bolívia e o trouxe para o Brasil
de forma cinematográfica, merece reflexão porque não seria justo entregar um cidadão
político ao assédio do governo arbitrário do Evo Morales.
As relações diplomáticas devem
ser respeitadas, mas se um paisinho pequeno e sem expressão afronta a nação
brasileira em diversas ocasiões, alguém precisa ter a coragem e baixar a crista
dos governantes pirotécnicos que se perpetuam no poder à custa de mudanças de
constituição e com uso de artifícios antidemocráticos. É caso do governo Evo,
do falecido Hugo Chavez, que muito se aproximam dos governos autoritários de
países do oriente médio que usam os lucros do petróleo do povo, para escravizarem
o próprio povo.
A Bolívia merece ser considerada
nossa irmã desde que respeite as regras de convivência impostas pelo lógica da
boa vizinhança. Nós temos recebido de braços abertos inúmeros imigrantes bolivianos
que fogem da fome e da miséria existente por lá, e não há registros de
desrespeito das autoridades do Brasil, em relação aos direitos, às vezes
duvidosos dos cidadãos bolivianos que aqui ingressam quase sempre de forma
clandestina. Trabalham e vivem no Brasil sem serem importunados politicamente.
Quer saber? O Evo já estava
merecendo esta resposta do Brasil porque já folgou demais nas suas afrontas aos
brasileiros.
Democracia, implica em respeitar
os direitos das minorias e sem democracia não há liberdade de pensamento.
Existem pessoas que acham que
democracia é eles mandarem em nós, e que ditadura é nós mandarmos neles. Está
cheio de comunistas mal resolvidos que pensam em mudar constituições para
continuarem no poder, inclusive aqui no Brasil. Tem gente que acha o máximo as
ditaduras veladas de Chavez e Evo. Quem conheceu o Brasil naquelas épocas das
ditaduras sabe o que isso significa. Nenhum governante pode ter mais poderes do
que o que as urnas lhes podem dar. Se chegar
a hora de votar a soberania do voto tem que ser respeitada, sem truques e nem
mágicas. O povo troca o governo na hora que entender oportuna. Esse é o regime
de governo sonhado pelos inventores da chamada democracia.
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