segunda-feira, 5 de agosto de 2013

SOBRE A CURA GAY

O principal ponto da resolução do Conselho Nacional de Psicologia, aprovada pelo plenário do seu conselho federal, e que vem dando grande discussão pública, é o que vai descrito abaixo;

Art. 3º - Os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.

Parágrafo único – Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.

O deputado federal João Campos PSDB de Goiás, apresentou projeto de decreto legislativo que revogava, parte da resolução do CNP, exatamente na parte que impede os psicólogos de participarem de eventos que busquem a cura gay. Entende o deputado, autor da proposição que o conselho extrapolou as suas atribuições ao restringir a atividade profissional ao impedir que psicólogos pratiquem atos que visem a cura de homossexuais, o que foi considerado absurdo já que  a liberdade profissional é fundamental desde que respeite os limites da ética.
A matéria acabou retirada da câmara pelo seu autor, diante de tantos problemas que viraram debate a nível nacional.
Por trás desse debate, está um pano de fundo que ressalta o interesse de igrejas evangélicas. Os psicólogos das igrejas foram os mais atingidos pela resolução já que tiveram de interromper as manifestações publicas sobe a matéria e foram ainda, proibidos de oferecer o serviço através as atividades religiosas. O principal defensor da derrubada desse projeto é o deputado Marco Feliciano, pastor evangélico atual presidente da comissão de direitos humanos da câmara dos deputados.
O fato é que as igrejas evangélicas tinham nessa fatia de mercado um bom argumento para apimentar os seus cultos com pregações anti-gays.
Derrubar os parágrafos da resolução significa ampliar o mercado de pregações com a ideia de cura do homossexualismo. Ao que se avista isso é uma questão mais complicada do que se imagina. Curar gay como, se homossexualismo não é doença?


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