As grandes personalidades costumam
surpreender com as suas histórias de vida. É o caso do Rousseau que nasceu em Genebra,
Suíça em 1712. Sua mãe morreu no parto e órfão de mãe acabou abandonado pelo
pai quando completou dez anos de idade. Tinha tudo para ser um enorme problema
social se tivesse nascido nos dias atuais. Sem a mãe e abandonado pelo pai, era
tudo o que qualquer delinquente juvenil necessitaria para justificar seu
descaminho. Entretanto, Rousseau transformou-se no maior pensador sócio-político
da sua época, quando escreveu e publicou a sua obra “Contrato Social”, que
acabou por influenciar a revolução francesa, um dos maiores acontecimentos
históricos de todos os tempos.
Rousseau, tem o seu conceito de
estado democrático considerado atual até hoje, mesmo depois de mais duzentos
anos desde a publicação. Segundo ele o poder é do povo e não do governante.
No seu “contrato”, as pessoas se
cotizariam, cada um contribuindo com uma verba que hoje chamam de imposto e a
arrecadação seria aplicada na construção do bem estar de todos. Se isso de fato
acontecesse na prática, a escola pública seria suficiente e não haveria
necessidade de se pagar escola particular, a saúde pública seria suficiente e
não haveria necessidade de se pagar plano de saúde e a segurança pública seria
eficiente e não precisaríamos contratar seguros.
Se o governantes fossem sérios e
competentes o mundo seria melhor, mas os governantes são o reflexo da qualidade
do voto livre e secreto que tanto se defendeu nas “diretas já”.
Votaram no Donadon, único
deputado federal preso em um país que está dentre os mais importantes do mundo.
Seus eleitores votaram nele e ele foi eleito, mesmo sendo considerado corrupto
com histórico de vida não recomendável.
Ano que vem vai haver eleições e
o voto direto e secreto, conseguido nos movimentos populares “diretas já” vai
acabar elegendo alguns bandidos que por certo irão enriquecer à custa do erário
público, e vamos continuar sem médicos, sem remédios, sem transporte coletivo,
sem ensino de qualidade, sem segurança pública e quem sabe, sem vergonha na
nossa própria cara.
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