terça-feira, 3 de setembro de 2013

NOSSO VOTO DIRETO É UM VEXAME

As grandes personalidades costumam surpreender com as suas histórias de vida. É o caso do Rousseau que nasceu em Genebra, Suíça em 1712. Sua mãe morreu no parto e órfão de mãe acabou abandonado pelo pai quando completou dez anos de idade. Tinha tudo para ser um enorme problema social se tivesse nascido nos dias atuais. Sem a mãe e abandonado pelo pai, era tudo o que qualquer delinquente juvenil necessitaria para justificar seu descaminho. Entretanto, Rousseau transformou-se no maior pensador sócio-político da sua época, quando escreveu e publicou a sua obra “Contrato Social”, que acabou por influenciar a revolução francesa, um dos maiores acontecimentos históricos de todos os tempos.
Rousseau, tem o seu conceito de estado democrático considerado atual até hoje, mesmo depois de mais duzentos anos desde a publicação. Segundo ele o poder é do povo e não do governante.
No seu “contrato”, as pessoas se cotizariam, cada um contribuindo com uma verba que hoje chamam de imposto e a arrecadação seria aplicada na construção do bem estar de todos. Se isso de fato acontecesse na prática, a escola pública seria suficiente e não haveria necessidade de se pagar escola particular, a saúde pública seria suficiente e não haveria necessidade de se pagar plano de saúde e a segurança pública seria eficiente e não precisaríamos contratar seguros.
Se o governantes fossem sérios e competentes o mundo seria melhor, mas os governantes são o reflexo da qualidade do voto livre e secreto que tanto se defendeu nas “diretas já”.
Votaram no Donadon, único deputado federal preso em um país que está dentre os mais importantes do mundo. Seus eleitores votaram nele e ele foi eleito, mesmo sendo considerado corrupto com histórico de vida não recomendável.

Ano que vem vai haver eleições e o voto direto e secreto, conseguido nos movimentos populares “diretas já” vai acabar elegendo alguns bandidos que por certo irão enriquecer à custa do erário público, e vamos continuar sem médicos, sem remédios, sem transporte coletivo, sem ensino de qualidade, sem segurança pública e quem sabe, sem vergonha na nossa própria cara.

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