A política tem os seus mistérios
e as decepções são a tona do intrincado jogo do poder. O Tribunal de Contas
julgou irregulares as contas do Aguilar, relativas ao ano de 2005, e
encaminhou, como é de lei o relatório para a câmara municipal apreciar em votação
no plenário.
Os vereadores, via de regra, voam
segundo a tendência política que predomina nas câmaras à época da votação. Se o
ex-prefeito conta com apoio da maioria dos vereadores, o relatório do TCE acaba
sendo desqualificado com votos do tipo “o relatório do TCE é insubsistente e
deve ser rejeitado”. Isso significa que
os vereadores aprovam as contas do prefeito. Quando o ex-prefeito não conta com
apoio da maioria dos vereadores o voto acaba sendo pela aprovação de relatório
o que, segundo a lei de ficha limpa, resulta na inelegibilidade por 8 anos.
A votação das contas do Aguilar
contou com 5 votos a favor dele e 9 votos contra. A surpresa ficou por conta do
vereador Lelau que votou contra o Aguilar, mesmo tendo sido secretário de
esportes daquele governo a que se referia as contas. Lelau justificou seu voto
na tribuna e disse que a orientação partidária vinda do PT era pra que ele
rejeitasse, não só as contas do Aguilar como de qualquer outro prefeito que
tenha suas contas recusadas pelo Tribunal.
O resultado dessa votação é que o
Aguilar não poderá concorrer a qualquer eleição até o ano de 2022.
O motivo da rejeição é o repasse
de verbas além dos limites constitucionais para a câmara de vereadores. Esse mesmo
erro foi cometido pelo atual prefeito em 2010 e 2011 e as suas contas deverão
ser votadas do mesmo jeito pelos mesmos vereadores se não houver retardamento
na inclusão das contas na pauta das sessões futuras.
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