A festa era para comemorar o dia
da consciência negra, data muito controvertida na opinião pública, por realçar
uma situação de conflito racial, em um país que tem mais da metade de sua
população composta de afrodescendentes.
As diferenças acusadas nas
discussões sobre o assunto, nem são assim tão claras. Não se define exatamente
o que é raça, se raça se define pela cor, pelo continente onde nascem as
pessoas, pelo pais, enfim, raça é algo que não se sabe bem o que é. Negro é
raça? Branco é raça?
Fica muito difícil determinar com
exatidão o que seja racismo, porque depois de superada a dúvida do que seja
raça, ainda restará a necessidade de definição do que seja racismo. Dizer que
não gosta de negro é racismo? Dizer que a loira é burra seria racismo? Ou racismo seria, por exemplo, impedir que um
filho de negro seja matriculado em certa escola de brancos?
Pois é, depois de tantas
complicações, surgem aqueles que colocam lenha na fogueira e criam o dia da
consciência negra para comemorar sabe-se lá o que. A liberdade dos escravos tem
seu dia, a Umbanda tem suas datas todos devidamente respeitados.
Nesse campo minado, o Netinho de
Paula, aquele que deu uns tapas na mulher e foi processado criminalmente, que
hoje é secretário da igualdade racial do governo Haddad, comandou uma festa em
São Paulo, com o povo na rua, para comemorar o mau definido dia da consciência
negra. O prefeito Haddad, novato nessa vida de político oportunista que
aproveita tudo o que seja aglomeração popular pra fazer discurso, foi lá e
aceitou discursar.
Que vergonha, que vergonha
Haddad! Que vergonha!
Foi vaia pra todos os lados, até
que ele desistiu de falar. Depois, mais
tarde um pouco, tentou de novo e foi fruta, garrafa de plástico, bolas de
papel, e mais um monte de lixo, que jogaram no prefeito de São Paulo, o
debutante da demagogia popular.
Não conseguiu falar e saiu debaixo
de proteção dos seguranças. Claro que a culpa foi atribuída aos órgãos de
imprensa que deram, segundo ele, informações erradas sobre o aumento do IPTU na
capital.
Os políticos das chamados esquerdas
acham que toda a imprensa é culpada pelo seu fracasso, vide a Argentina onde a
presidenta Cristina, tomou o patrimônio da principal rede de TV por entende-la
contra o governo. O Chaves acabou com tudo que fosse imprensa livre na
Venezuela e virou tudo órgão oficial. Cuba, ninguém sabe de nada que não seja
oficial.
A imprensa, com todos os seus
defeitos, e são muitos, precisa ser absolutamente livre, e os políticos
precisam aceitar críticas de forma tranquila. O Lula ficava bravo, mas
conteve-se na vontade de controlar a imprensa. Tentou, mas acabou deixando de
lado a ideia.
O Haddad queria aumentar impostos
e achar que isso ia ficar barato num país onde o povo deseja reduzir tributos?
É uma pena, mas parece que o
prefeitão do PT não tem cintura e nem carisma e, segundo o Lula ele poderá
prejudicar a possibilidade do PT chegar ao governo paulista. O Lula erra muito pouco.
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