segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O POVO DA AMÉRICA DO SUL PREFERE AS POLÍTICAS SOCIAIS

O debate situa-se entre os ideais de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento econômico e os ideais voltados ao chamado socialismo, que não encontra definições claras nas discussões atualmente desenvolvidas no mundo ocidental.
Hoje, o Chile, pais situado na América do Sul, cuja história político-cultural sugere seja esse o país socialmente mais evoluído da região sul-americana, experimentou o embate eleitoral entre duas mulheres, ambas engajadas em cada vertente, a Senhora Michelle Bachelet, que já governou o país de 2006 a 2010, tida como da esquerda internacionalmente admitida hoje, e a Senhora Evellyn Matthei economista ligada ao atual presidente da república da ala de direita com vocação para cuidar da economia, ao contrário de Bachelet que tem o seu discurso de campanha voltado para redução das diferenças sociais, o que não ocorreu no atual governo que tenta eleger Evellyn.
A eleição no Chile se realiza em um turno se um dos candidatos obtiver mais de 50% dos votos, mas Bachellet, que esperava vencer no primeiro turno conseguiu cerca de 47% dos votos e por isso haverá segundo turno no Chile.
A discussão parece ter como tese vencedora a que defende políticas sociais, em detrimento das teses ligadas ao desenvolvimento econômico. O fenômeno indica que se prevalecer essa tendência, o discurso do PSDB aqui no Brasil precisa ser alterado sob pena de não ter chances de vitória em grandes eleições, já que situa-se predominantemente na ordem econômica.
Aliás, hoje mesmo, a imprensa divulga pesquisa do IBOP dando conta de que o governo Dilma aumentou a sua vantagem diante da opinião do eleitorado, que mostra queda dos índices de Marina e Eduardo Campos que unidos ficaram mais fracos e favoreceram a possibilidade de Dilma vencer no primeiro turno.
Poderá alguém dizer que não tem nada a ver o Brasil com o Chile, mas era lá que os brasileiros se exilaram quando eram perseguidos aqui e a história política do Chile está muito próxima da do Brasil em matéria de filosofia de poder.
O Chile era governado por uma  “socialista”, a Bachellet, experimentou voltar ao modelo de governo capitalista, e está prestes a voltar para o governo da redução das diferenças sociais que parece agradar também aos brasileiros em sua maioria.
Se importarmos os efeitos desses fatos, só por hipótese, poderemos admitir que os governos ligados somente à economia estão em queda livre nos países em que o povo vota livremente.

O povo gosta mais da ideia de redução da pobreza, do que aquela afirmação do FHC de que primeiro era preciso aumentar a riqueza para depois distribuí-la.

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