O debate situa-se entre os ideais
de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento econômico e os ideais
voltados ao chamado socialismo, que não encontra definições claras nas
discussões atualmente desenvolvidas no mundo ocidental.
Hoje, o Chile, pais situado na América
do Sul, cuja história político-cultural sugere seja esse o país socialmente
mais evoluído da região sul-americana, experimentou o embate eleitoral entre
duas mulheres, ambas engajadas em cada vertente, a Senhora Michelle Bachelet,
que já governou o país de 2006 a 2010, tida como da esquerda internacionalmente
admitida hoje, e a Senhora Evellyn Matthei economista ligada ao atual
presidente da república da ala de direita com vocação para cuidar da economia,
ao contrário de Bachelet que tem o seu discurso de campanha voltado para
redução das diferenças sociais, o que não ocorreu no atual governo que tenta
eleger Evellyn.
A eleição no Chile se realiza em
um turno se um dos candidatos obtiver mais de 50% dos votos, mas Bachellet, que
esperava vencer no primeiro turno conseguiu cerca de 47% dos votos e por isso
haverá segundo turno no Chile.
A discussão parece ter como tese
vencedora a que defende políticas sociais, em detrimento das teses ligadas ao
desenvolvimento econômico. O fenômeno indica que se prevalecer essa tendência,
o discurso do PSDB aqui no Brasil precisa ser alterado sob pena de não ter
chances de vitória em grandes eleições, já que situa-se predominantemente na
ordem econômica.
Aliás, hoje mesmo, a imprensa
divulga pesquisa do IBOP dando conta de que o governo Dilma aumentou a sua
vantagem diante da opinião do eleitorado, que mostra queda dos índices de
Marina e Eduardo Campos que unidos ficaram mais fracos e favoreceram a
possibilidade de Dilma vencer no primeiro turno.
Poderá alguém dizer que não tem
nada a ver o Brasil com o Chile, mas era lá que os brasileiros se exilaram
quando eram perseguidos aqui e a história política do Chile está muito próxima
da do Brasil em matéria de filosofia de poder.
O Chile era governado por
uma “socialista”, a Bachellet,
experimentou voltar ao modelo de governo capitalista, e está prestes a voltar
para o governo da redução das diferenças sociais que parece agradar também aos
brasileiros em sua maioria.
Se importarmos os efeitos desses
fatos, só por hipótese, poderemos admitir que os governos ligados somente à
economia estão em queda livre nos países em que o povo vota livremente.
O povo gosta mais da ideia de
redução da pobreza, do que aquela afirmação do FHC de que primeiro era preciso
aumentar a riqueza para depois distribuí-la.
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