O presidente do Supremo, Joaquim Barbosa o
afrodescendente que reencarna o José do
Patrocínio e outros ancestrais da mesma têmpera, presidiu nesta tarde de 13 de
novembro de 2013, uma das sessões mais importantes da justiça brasileira.
Os políticos acusados de participarem do
crime contra a administração pública, denominado de mensalão, interpuseram
recursos contra a condenação e os recursos foram votados nesta tarde. Quando
escrevi esta matéria a votação ainda prosseguia de maneira até surpreendentemente
rápida e todos os recursos eram indeferidos um a um para confirmar-se a
condenação de mais de vinte pessoas abrangidas pela sentença de condenação.
O que mais chama a atenção é a presença de
figuras de destaque na república das bananas, ou dos bananas como diria algum filósofo
popular, incluindo-se o José Dirceu, ex-ministro chefe da casa civil do governo
Lula, e do José Genoíno, ex-presidente do PT, partido que dominava o poder
central do país, João Paulo Cunha, deputado federal presidente da Câmara, e
outras figuras destacadas no mais importante centro de poder brasileiro.
Todos foram condenados a penas que lhes
restringem a liberdade, ou seja com prisão em cadeia, como criminosos comuns. É
muito triste o fato que mostra que o poder mudou de mãos, mas ainda está muito
contaminado e necessita de novas alternativas, na busca de uma política mais
confiável e de políticos que tenham respeito pela ética.
São muitos impostos e muitas taxas, que
são pagos e que deveriam ser transformados em vida melhor para o povo e nunca
para satisfazer ao descalabro dos políticos que deveriam limitar-se aos seus
salários que não são pequenos.
Os ministros votaram por unanimidade na
rejeição pura e simples dos recursos que pela maioria dos ministros foram
considerados protelatórios com a finalidade de retardar a aplicação da pena de
prisão.

Por essa razão lógica é que não só os
chamados "mensaleiros", mas qualquer outro agente público político ou
não, deve ser penalizado com a mesma dosagem com que se punem os criminosos
comuns, nem mais nem menos, e as penas precisam ser cumpridas para que outros não
se animem tentar novos golpes financeiros ligados ao exercício do poder.
A justiça tem que se fazer presente em
todos os casos de crimes e muito mais precisamente contra os crimes praticados
por agentes públicos, num pais em que os serviços públicos são de má qualidade
e o cidadão se sente indignado ao ver a corrupção utilizar o seu dinheiro de
impostos para fins nada socializados. Pior é que parte dos corruptos ora
condenados fazem discursos de socialistas e até posam de comunistas, se é que
isso ainda existe. O PT está fazendo um governo que interessa ao país, com o
combate à fome, redução da miséria, mas precisa se livrar dos seus corruptos
antes que o povo resolva esquecer o partido, que ainda goza de bom conceito no
seio do eleitorado.
A justiça tem que ser para todos,
inclusive para os nossos amigos, ainda que isso nos doa.
João Lúcio Teixeira
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