BOOOOOOOOOOOOOOMBA EM SUCUPIRA (Caraguá)
Emília era secretária de Fazenda em Caraguá, cargo que ocupou
por mais de doze anos, ao lado do Alcáide Antônio Carlos, do PSDB. Dissemos
aqui que ela vinha sofrendo pressões para deixar o cargo. Só não afirmamos na
ocasião de onde vinham essas pressões, mas hoje, tudo se esclareceu. Conta a
lenda que a secretária de administração Flávia a que hoje ocupa o cargo da
Emília que se desligou do governo por não suportar as pressões, é que foi o X
do problema.
Queriam tirar a Emília do cargo, e conseguiram com a
participação da secretária de administração. Ela cortou as horas extras dos
fiscais do comércio que faziam parte do quadro da fazenda, eles se rebelaram
por que sempre receberam essas horas por trabalharem fora do horário comum.
Emília tentou reverter o quadro e não conseguiu, deixou o cargo e a Flávia, o ocupou.
Os fiscais resolveram dar o troco na agora chefe deles, que
para derrubar a Emília, os prejudicou financeiramente.
Resolveram aplicar a lei nos casos de empresas que funcionam
sem alvará de funcionamento na cidade. Começaram pelo Mercado Shibata do centro
de Caraguá que, segundo consta da ocorrência policial registrada pelos fiscais,
vinha há tempos funcionando sem alvará de funcionamento e em prédio sem “habite-se”.
Os fiscais lacraram as portas da empresa
hoje cedo, dia 28 de janeiro de 2014, e pouco tempo depois a secretária de
fazenda, a mesma que derrubou a Emília, foi ao local e rasgou o lacre dos
fiscais. Teve polícia militar no confronto entre a chefe e os subalternos, e o
assunto virou o Boletim de Ocorrência Policial, de número 620/2014, relatando
todo o acontecido e a secretária de fazenda, a mesma que derrubou a Emília,
poderá responder a processo crime por violar os lacre dos fiscais que são
autoridade competente para fazer o que fizeram. Eles são concursados e nas suas
atribuições inerentes ao cargo, estão a obrigação de impedir que
estabelecimentos empresariais sem alvará funcionem. Os fiscais alegaram como
fundamento para seu ato de fechamento da loja, o caso da boate do Rio Grande do
Sul, em que morreram mais de duzentas pessoas.
Os fiscais ainda alegaram que há um processo administrativo
de número 8951 de 2013, que corre nos escaninhos da prefeitura dando ciência da
falta de alvará daquela casa comercial e de outras de grande porte que, segundo
os fiscais, serão fechadas também. Olha que tem gente grande com esse problema,
inclusive, lojas de eletrodomésticos, e supermercado recentemente inaugurado na
cidade. A briga de fiscais com a chefe, certamente vai derrubar a chefe que
será mais um secretario a ser substituído nesse fraco e complicado governo do
senhor Antônio, que parece ter perdido a mão no controle do seu quadro técnico
de alta competência que prometeu na eleição de 2008, quando foi eleito pela primeira
vez nessa segunda chegada ao poder. Já trocou mais de 70 secretários em cinco
anos de governo, e pelo que parece não vai parar por ai.
O que o povo espera é que depois de derrubada a nova vilã da
novela das nove, os fiscais sigam fazendo cumprir as leis, mesmo que voltem a
receber as horas extras. Não dá pra permitir um supermercado em prédio sem “habite-se”,
por que acidentes ocorrem. Sem horas extras não tem moleza, com horas extras o
trabalho será, em tese, mais intenso e a lei será cumprida. Se não for assim, quem
vai cair no descrédito são os fiscais.
Será que a Emília volta pra acalmar os fiscais e voltar tudo ao que era
antes?
João Lúcio Teixeira
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