terça-feira, 28 de janeiro de 2014

BOOOOOOOOOOOOOOMBA EM SUCUPIRA (Caraguá)


BOOOOOOOOOOOOOOMBA EM  SUCUPIRA (Caraguá)
Emília era secretária de Fazenda em Caraguá, cargo que ocupou por mais de doze anos, ao lado do Alcáide Antônio Carlos, do PSDB. Dissemos aqui que ela vinha sofrendo pressões para deixar o cargo. Só não afirmamos na ocasião de onde vinham essas pressões, mas hoje, tudo se esclareceu. Conta a lenda que a secretária de administração Flávia a que hoje ocupa o cargo da Emília que se desligou do governo por não suportar as pressões, é que foi o X do problema.
Queriam tirar a Emília do cargo, e conseguiram com a participação da secretária de administração. Ela cortou as horas extras dos fiscais do comércio que faziam parte do quadro da fazenda, eles se rebelaram por que sempre receberam essas horas por trabalharem fora do horário comum. Emília tentou reverter o quadro e não conseguiu, deixou o cargo e a  Flávia, o ocupou.
Os fiscais resolveram dar o troco na agora chefe deles, que para derrubar a Emília, os prejudicou financeiramente.
Resolveram aplicar a lei nos casos de empresas que funcionam sem alvará de funcionamento na cidade. Começaram pelo Mercado Shibata do centro de Caraguá que, segundo consta da ocorrência policial registrada pelos fiscais, vinha há tempos funcionando sem alvará de funcionamento e em prédio sem “habite-se”.  Os fiscais lacraram as portas da empresa hoje cedo, dia 28 de janeiro de 2014, e pouco tempo depois a secretária de fazenda, a mesma que derrubou a Emília, foi ao local e rasgou o lacre dos fiscais. Teve polícia militar no confronto entre a chefe e os subalternos, e o assunto virou o Boletim de Ocorrência Policial, de número 620/2014, relatando todo o acontecido e a secretária de fazenda, a mesma que derrubou a Emília, poderá responder a processo crime por violar os lacre dos fiscais que são autoridade competente para fazer o que fizeram. Eles são concursados e nas suas atribuições inerentes ao cargo, estão a obrigação de impedir que estabelecimentos empresariais sem alvará funcionem. Os fiscais alegaram como fundamento para seu ato de fechamento da loja, o caso da boate do Rio Grande do Sul, em que morreram mais de duzentas pessoas.
Os fiscais ainda alegaram que há um processo administrativo de número 8951 de 2013, que corre nos escaninhos da prefeitura dando ciência da falta de alvará daquela casa comercial e de outras de grande porte que, segundo os fiscais, serão fechadas também. Olha que tem gente grande com esse problema, inclusive, lojas de eletrodomésticos, e supermercado recentemente inaugurado na cidade. A briga de fiscais com a chefe, certamente vai derrubar a chefe que será mais um secretario a ser substituído nesse fraco e complicado governo do senhor Antônio, que parece ter perdido a mão no controle do seu quadro técnico de alta competência que prometeu na eleição de 2008, quando foi eleito pela primeira vez nessa segunda chegada ao poder. Já trocou mais de 70 secretários em cinco anos de governo, e pelo que parece não vai parar por ai.
O que o povo espera é que depois de derrubada a nova vilã da novela das nove, os fiscais sigam fazendo cumprir as leis, mesmo que voltem a receber as horas extras. Não dá pra permitir um supermercado em prédio sem “habite-se”, por que acidentes ocorrem. Sem horas extras não tem moleza, com horas extras o trabalho será, em tese, mais intenso e a lei será cumprida. Se não for assim, quem vai cair no descrédito são os fiscais.  Será que a Emília volta pra acalmar os fiscais e voltar tudo ao que era antes?

João Lúcio Teixeira

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