Quem foi ficou contente com o que
viu. Realizou-se ontem o congresso dos municípios em Campos do Jordão e o nosso
correspondente Sampaio Junior da Ilhabela nos mandou informes interessantes
sobre o encontro. Discutiu-se intensamente a política brasileira e as figuras
de destaque se manifestaram.
A grande decepção ficou por conta
do Kassab que conseguiu lançar de forma inadequada a sua pretensão de ser
candidato ao governo de São Paulo, num discurso enfadonho sem nada de novo e
muito cansativo. Era a expressão do vazio.
Aécio Neves tem boa articulação e
falou sobre as possibilidades de o Brasil voltar a crescer numa forma discreta
de se fazer aceitar como principal concorrente da Dilma. Um bom discurso, mas
muito calcado na Petrobras que é a bola da vez das oposições.
O homem do sistema “S” Senai,
SESC e Federação das industrias o Paulo Skaf, conseguiu discretamente mostrar conteúdo
que chamava a atenção, especialmente no tema que tem preferido que é a
educação. Segundo ele o Brasil só muda se mudar a educação.
Padilha candidato ao governo
paulista pelo PT, está numa linha de atacar o Geraldo que segundo ele está
cansado de governar São Paulo e por isso já não consegue mais o pique de que se
necessita para fazer São Paulo voltar a ser politicamente ativo.
A maior surpresa ficou por conta
da Marina Silva. Ela deu um show de bola, numa manifestação de uma hora e
quinze minutos, provocou silêncio absoluto enquanto dissertava, deixou de lado
aquele discurso repetitivo da sustentabilidade ambiental, que foi ampliado pela
pregação da sustentabilidade, econômica, produtiva, social e assim, conseguiu
atrair a atenção o tempo todo. Diferente do Kassab que quando falava, se ouviam
comentários laterais em inúmeros pontos da plateia. A Marina conseguiu deixar
de pé toda a plateia que a aplaudiu efusivamente quando terminou o seu
discurso. Foi o melhor momento do encontro.
Não estranhem se na última hora
ela virar candidata a presidência em um golpe perigoso contra os demais candidatos.
Caso o Eduardo Campos não consiga decolar em tempo, pode acontecer a grande
virada e isso pode dar muito trabalho à D. Dilma, que vai ser alvo de ataques
de todos os demais candidatos.
Geraldo Alkmin foi responsável
pelo encerramento do evento, mas não conseguiu ser tão eloquente como de
costume e nem o entusiasta de sempre. Ficou no feijão com arroz, mas agradou
pelos dados que inseriu no ambiente.
Um destaque foi a manifestação do
Arnaldo Jabour da Folha, que conseguiu tecer críticas interessantes ao sistema
político brasileiro, que segundo ele só vai mudar e melhorar quando acabarem as
negociações de deputados e vereadores com os mandatários em troca de favores,
cargos e valores. Foi enfático ao dizer que ao contrário do que pensam algumas
pessoas que dizem que ele não gosta do Lula, ele afirma que até já votou nele,
mas não votaria mais atualmente. Critica as negociatas mas entende que sem elas
é muito difícil governar o Brasil.
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