terça-feira, 4 de março de 2014

SER VITRINE É COMPLICADO

Toda vez que surgem as manifestações populares nas ruas do Brasil, a discussão sai das ruas e entra nos palácios. A questão passa pela limitação das atitudes, já que alguns acham que manifestar pode, mas quebrar não pode. Falam em crime contra o patrimônio público, crime contra o patrimônio privado, e sobre a necessidade de se fixarem limites para os movimentos. O governo do PT está com essa bomba no colo e o ministro José Eduardo Cardozo é que está comandando a elaboração de uma lei que pretende disciplinar os movimentos. Justamente o PT que sempre participou dos movimentos sociais como o dos “Sem Terra”, “Sem Teto” cujos membros eram em sua maioria filiados ao Partido, tem agora a missão de limitar os movimentos. Para alguns, a lei que ainda não foi votada, pode assemelhar-se ao “AI_5” editado pelos governos militares em plena ditadura para impedir a liberdade de manifestação.
Movimentos populares são, em regra, conduzidos pela emoção, bastando observar as greves, em que os grevistas acabam quebrando vidros de ônibus se a greve é do setor, de forma quase sempre surpreendente sem que qualquer liderança consiga evitar o que chamam de excesso.
Claro que em primeiro momento todas as pessoas que não estão envolvidas são contra esses atos predatórios, mas geralmente os ônibus predados são aqueles que tentam furar a grave.
Nesse caso, se o líder sindical subir no palanque e pedir pra parar, será chamado de pelego por alguns mais exaltados.
Quando o povo se rebela, é porque está cansado de sofrer os abusos a que são submetidos. Há patrões que gostariam de ter escravos e não empregados, porque escravo não tem salário, nem direitos trabalhistas e se não produz vai para o tronco e recebe algumas chibatadas.
Voltando ao tema dos movimentos populares, o governo do PT pode se transformar em vilão e ser acusado de ter criado uma lei que se assemelha ao “AI-5”, dos tempos da ditadura.

Essas são as coisas que a gente só acredita vendo e vivendo a realidade. Governar no Brasil nos moldes do poder de hoje, é assinar a própria carta de sentença condenatória.

Nenhum comentário: