quinta-feira, 19 de junho de 2014

GOVERNO VERDAEIRAMENTE DEMORÁTICO VALORIZA O DESENVOLVIMENTO HUMANO

Confronto político é natural desde que seja ele em torno de ideias e convicções. Quando o debate sai do campo das ideias, todos os debatedores perdem pontos importantes diante da opinião pública. Se o PSDB não presta ou presta, ou se o PT presta ou não presta, não pode ser esse o centro das discussões. O Lula deixou um legado importante de realizações que melhoraram a vida do brasileiro e há no governo do FHC, fatores importantes que ajudaram nos avanços do desenvolvimento nacional. A diferença principal entre um modelo de governo e outro está no foco. O FHG focalizava o seu governo na economia, e o Lula na cidadania. Se o FHC tem o que festejar o Lula também tem e o povo é pode avaliar na hora do voto o que mais lhe interessa. A mim particularmente parece que os meus amigos petistas estão deixando de lado o monte de índices importantes que o Lula conseguiu atingir, e que a Dilma vem mantendo sem alardes, para entrar no bate-boca do "quem presta, quem não presta" ou na disputa de quem governou com mais ou menos corrupção. Esse é o discurso que interessa ao PSDB que já está pregando através do Aécio Neves, a volta da economia estável, da queda da inflação e de outros motivos que sempre desaguam na economia. O FHC, em seu tempo, agia com a certeza de que só a economia interessa e quando falavam com ele sobre a pobreza, ele respondia que primeiro era preciso fazer crescer o bolo para depois dividi-lo. O Lula resolveu dividir o bolo logo e isso fez com que o Brasil fosse o país que mais combateu a pobreza no mundo. Será que esse índice não seria um argumento muito melhor do que achar defeitos no Serra, FHC, Geraldo e outros? Claro que defeito todos temos, e errar todos nós erramos, mas não sei se anotar erros dos outros é mais importante neste momento do que elevar os nossos acertos. O bate-boca da corrupção vai acabar favorecendo os tucanos que têm um discurso muito bem afiado sobre isso, e contam com uma certa imunidade já que as pesquisas mostram que a corrupção paulista não abalou tão fortemente a imagem do Geraldo como a corrupção da Petrobrás atingiu a figura da Dilma. A opinião pública precisa de bons motivos para decidir seu voto e a guerra das críticas pessoais pode não ser o melhor caminho pra quem está no poder. Dizer que a mídia é responsável por tudo também não parece bom caminho porque a parte da mídia que se presta a confundir a opinião pública é paga para criticar as políticas sociais, e para tal recebem propina e anúncios das forças econômicas para “baixar o pau” nos pensadores populares. Eles chamam ecologistas de "eco-chatos", os movimentos populares de "baderna", as greves eles classificam de "bagunça", os governos populares de demagógicos e a defesa dos direitos das pessoas eles classificam ironicamente de "direitos humanos dos bandidos". São uns idiotas a serviço da propina.  Há apresentadores de TV e rádio que não têm grandes patrimônios, vivem cheios de dívidas, sem crédito, sem prestigio social e sem amigos, que ganham algumas moedas para venderem a própria opinião ao microfone, mas que conseguem convencer aos menos avisados de que o político do poder, mesmo que seja ele um ladrão incompetente, é o melhor administrador do mundo. A qualidade do voto acaba contaminada principalmente pela falsa informação. O debate na mídia, é favorável ao dinheiro que paga anúncios e dá propinas, mas isso não quer dizer que os políticos filosóficos não tenham como combater essa situação usando outras formas de comunicação que não sejam as oficialmente contaminadas pela corrupção. A internet é grátis, o correio existe e é democrático, o panfleto, e a organização das bases que sempre foram o maior patrimônio das esquerdas, deixaram de ser importantes. Os movimentos sindicais e as associações já não são notados como eram antes.  Nós tínhamos conseguido encontrar o caminho que nos levou ao poder e agora estamos entrando no jogo deles. Se não formos inteligentes poderemos perder as vantagens já conseguidas e depois que eles retomarem o poder, será difícílimo voltarmos a ter governos populares. Ficamos menos competentes nos últimos tempos, que pena!... Só não vale é nós pensarmos em manter o poder através de artifícios que não seja o voto livre e direto do povo. Temos que provar que somos mais interessantes e que o que importa não somente a economia, mas o desenvolvimento humano, o desenvolvimento do ser humano. Governo que não olha a nação a partir do povo, não é governo democraticamente digno.

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