sexta-feira, 20 de junho de 2014

PROTESTOS COM QUEBRA-QUEBRA EM SÃO PAULO

Ontem o movimento “Passe Livre” que luta pela tarifa zero no transporte coletivo promoveu uma manifestação nas ruas paulistanas, para comemorar o primeiro aniversário do movimento que conseguiu no ano passado a redução das tarifas de transportes urbanos em quase todo o país. A manifestação era para ser tranquila, segundo um documento encaminhado pelos líderes do movimento ao comando da polícia militar, que pedia a polícia para manter distância do movimento porque eles próprios fariam a segurança. A polícia apresentou hoje nos jornais matutinos, uma cópia do documento e justificou a falta de ação policial com o pedido das lideranças. 

O que se viu, na prática foi um tremendo quebra-quebra de lojas, e de bens públicos, causado por mascarados munidos de paus e pedras deixando um rastro de destruição, principalmente nas lojas de veículos da região. Uma agência da marca Mercedes teve cerca de 10 veículos depredados e um prejuízo de cerda de 2 milhões de reais. Seria o caso de cobrar do Estado que se omitiu na proteção que era devida? Talvez sim porque a segurança pública é dever do Estado e direito dos cidadãos que pagam impostos para terem serviços públicos de qualidade. Nada justifica um bando de pessoas mascaradas, quebrando o patrimônio de quem não tem nada a ver com a tarifa de ônibus que seria, em tese, o cerne do movimento. Os líderes do Movimento Passe Livre, ao pedirem à polícia para se manter distante, teriam que ter previsto a possibilidade da presença dos mascarados que podem não ser parte daquele movimento que teve a coragem de se identificar ao escrever carata ao comando da polícia militar, e a polícia tinha que ter preparado um contingente de prontidão para o caso do movimento sofrer a invasão de desconhecidos. De duas uma, ou o movimento foi inocente em não prever os invasores mascarados, ou os invasores fazem parte do movimento e estão sendo acobertados pelas lideranças. Em ambos os casos a polícia tinha que estar preparada para proteger o patrimônio público e particular. O governo paulista é o chefe do policiamento e é dele a responsabilidade de conter tais abusos, que a população não consegue mais admitir. É sabido que há por trás dos movimentos populares bem intencionados, um grupo ainda não identificado, mas organizado, que tem a intenção clara de perturbar a ordem pública, talvez com orientação de cunho político de extrema intolerância. Os movimentos sociais merecem a presunção de autenticidade, mas precisam ser conhecidos, organizados, ter suas bandeiras içadas para dar-lhes identidade e reconhecimento popular. Nesse grupo pode incluir-se o MST, que desfila com suas bandeiras erguidas para que todos saibam da sua presença. Outro movimento também mostram a cara e respondem pelos seus atos, mas os mascarados de ontem em São Paulo, podem até nem ser brasileiros, e se forem, podem ser membros de facções criminosas ou de movimentos escusos ao interesse sócio-político nacional. O Estado tem que manter a segurança e a ordem pública custe o que custar, ainda que custe desgaste aos governantes. Não dá para admitir-se abuso de policiais que devem fazer uso limitado de métodos tecnicamente permitidos no combate quando necessário, mas não dá pra se admitir a omissão das autoridades em situação de risco como essa de movimentos desconhecidos que podem em algum momento causar danos de grande monta, seja dano material ou pessoal. Ontem atiraram pedras até contra religiosos que estavam dentro do templo em ritual, depois de quebrarem vidros e carros em agências legalmente instaladas no local.  Se as autoridades não se fizerem presentes eles poderão atear fogo na prefeitura, no palácio do governo e o estado pode virar refém nas mãos de mascarados que não poderão ser responsabilizados pelos danos. Um fato que chama a atenção e nos deixa encucados é a dúvida sobre essa omissão policial. Será que a polícia ficou fora por alguma razão política? Será que a polícia quer desgastar algum governante?

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