terça-feira, 22 de julho de 2014

QUEM DISSE FOI O ROUSSEAU

Nos idos dos seculos em que Rousseau fazia as suas elucubrações filosóficas, e viajava na maionese dos confusos palácios e templos, ele contava que cada povo tinha um Deus que orientava os governantes e a população para que a harmonia fosse possível e as pessoas pensassem coletivamente.
Era o chamado governo teológico que comanda com força divina e assim garantia pelo temor a Deus, que o povo  se submetesse às ordens do rei.
O problema se complicava quando acontecia uma guerra, também ordenada pelo Deus de um certo povo, que ao final tinha um vencedor, cujo prêmio era assumir o comando do povo derrotado. A nação vencedora dominava e governava a nação vencida. Nessas circunstâncias o Deus do povo vencedor passava a dominar o Deus da nação vencida, mas o seus adeptos não aceitavam a submissão do seu deus ao Deus do inimigo. agora dominador.
Assim foi até que as religiões deixaram de governar em nome de Deus e nasceram os governos não religiosos.
Ainda se vê atualmente, grupos religiosos tentando se sobrepor a outros grupos também religiosos, só que de outras crenças.
Na região dos países Árabes, especialmente na Faixa de Gaza, há conflitos que atualmente matam inúmeras criaturas humanas em nome de Deus, e é por isso que a Constituição Brasileira classifica o Brasil como um país laico, que permite a existência de todas as religiões, mas não pratica o antigo governo religioso.
Temos visto que há algumas igrejas que estão tentando se apoderar, pelo voto democrático, é lógico, de parcelas do poder e isso pode ser sinal de retrocesso aos tempos do Rousseau. Há sérias dúvidas se as duas coisas, religião e política deveriam se misturar. Se pastores ou padres deveriam estar em palanques defendendo ou acusando candidatos e partidos. A alma, se é que existe alma, está se misturando com o corpo e as duas substancias são absolutamente refratárias.
É pra pensar.

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