Há
muito tempo acompanho as publicações sempre incisivas, porém coerentes de seu
BLOG.
Aproveito esse tempo disponível de minhas merecidas férias pra lhe escrever.
Gostaria
de fazer um comentário sobre a Educação em Caraguatatuba, o que vou relatar é
verdade, pois sou professor e qualquer profissional da educação do município
pode confirmar o que digo: a equipe de Supervisão de Ensino de Caraguatatuba
é que não deixa a educação acontecer de verdade, muita coisa acontece lá
dentro desta Secretaria e o Prefeito nem fica sabendo. São elas as Supervisoras
que elaboraram um plano de carreira que não deixou e não “deixou” a prefeitura
valorizar o professor de acordo com sua produtividade (meritocracia), com o dinheiro
que sobra do FUNDEB e que deveria ser usado para isso ou seja, premiar o
bom profissional ,mas elas acham isso uma bobagem. Outro ponto que
prejudica os professores : elas estipularam um
estágio probatório de 04 anos para os professores ingressantes ( ou seja 03
anos de estagio probatório e mais um ano de “interstício”, que por sua vez
acaba ficando como um tempo igual a 04 anos )E isso atrapalha a evolução funcional do magistério.
O
Ensino Fundamental II ( 6º ano 9º ano) é outro ponto nevrálgico na educação de Caraguatatuba,
está nas mãos de Supervisoras que pouco ( ou nada entendem) dessa modalidade de
ensino, pois TODAS as Supervisoras são professoras da educação infantil e algumas de ensino fundamental I( 1º ao 5º
ano).Elas não permitem que professores
do Ensino Fundamental II façam parte da Supervisão de Ensino, professores que
realmente sabem e conhecem o funcionamento dessa modalidade assim como suas
necessidades e problemáticas. Por que não existem Supervisão de Fundamental II
? Elas tem medo do que?
Então
sairá uma Secretária de Educação e
entrará outra Secretária de Educação e nada mudará pois quem manda de verdade
são as supervisoras, retrógradas, ditadoras, arbitrárias e limitadas, nem parece que elas são professoras também
...parecem que elas querem é prejudicar os professoras também esse esquecem um
dia voltarão para sala de aula e terão que deixar seus cargos comissionados.
Ainda
existe na Secretaria de Educação um grupo autodenominado Apoio Pedagógico que
nada mais é do que um braço da Supervisão de Ensino, verdadeiros pelegos, são
profissionais que não acrescentam nada e apenas repetem tudo que as
Supervisoras mandam, ou sejam mais massacre sobre os professores, seguindo
cegamente o que a Supervisão manda e ordena.
Outro
fator terrível também é o fato de muitas salas de aula estarem sendo fechadas
em várias unidades escolares nas escolas, assim montam-se salas de 35 alunos (
número esse que aumenta no decorrer do ano letivo com as matrículas suplementares).Como
conseguir qualidade no ensino com salas abarrotadas de crianças. E detalhe as
Supervisoras de Ensino dizem que salas numerosas não pode ser prerrogativa para
professor reclamar de qualidade de ensino, que absurdo.
E
“para não dizer que não falei das flores” a Lei Nacional do Piso Salarial dos
Professores não foi respeitada aqui pelas supervisoras. Existem coisas absurdas
acontecendo aqui no município ao bel prazer de quem acha que sabe e interpreta
as coisas só a partir de su ponto de vista. Diga-se de passagem, a Lei Nacional do Piso, em
municípios vizinhos , como São Sebastião,
é respeitada e por aqui em Caraguatatuba a aplicação da mesma é diferente ?
Será que só Caraguatatuba interpretou a Lei corretamente e o resto do país
interpretou errado ?
Gostaria
que o Prefeito e a população soubesse disso tudo, haja vista que seu BLOG é um
veículo de credibilidade.
3 comentários:
Fui professor da rede municipal de Caraguatatuba por dois anos (2012-2013) e gostaria de fazer alguns comentários sobre as críticas realizadas pelo autor:
1) Concordo que as Supervisoras de Ensino são incompetentes para gerir a rede de ensino! Para ver isto basta conversar por 5 minutos com qualquer uma delas. Mas acho um erro atribuir tal fato (nem um %) por serem PEB-I. As causas são outras, e a causa mais grave é o fato de serem indicadas pelo prefeito.
2) Falar que o prefeito não sabe o que se passa na SME é excluí-lo da crítica. Fica subentendido que ele sabendo ele discordaria porque ele é um "bom político". Ele escolhe a secretária e as supervisoras em última instância. Ele é o responsável por tudo isso.
3) A meritocracia não seria boa para a rede. Além do que trás um outro problema: como seria medida? Geralmente é medida pelo superior imediato (equipe gestora) que cabe lembrar é integralmente escolhida por indicações politiqueiras (esposa de não sei quem, do partido tal, obediente, etc...).
4) Por que motivo a jornada do piso seria aplicada em Caraguá? Não o foi no Estado de SP e em ouras prefeituas. Em São Sebastião e em Ilhabela houve luta pela aplicação. Colocaram as seretárias contra a parede.
Assinado: professor anônimo da região que vive de contratos precários, e por isso, precavido!
Ate que enfim estão acordando para os desmandos da Secretaria de Educação, e o senhor Prefeito já acordou ?
Sou mãe de aluno, e gostaria de também expressar minha opinião a respeito da educação do ensino fundamental II em Caraguatatuba.
É usado a apostila do estado "Caderno do Aluno", que na verdade deveria ter o nome de "Caderno da Ignorância". É um péssimo material. Eu acompanho as lições que meu filho faz e posso afirmar isso. Em história, por exemplo, quando tratou sobre Civilização Romana não dizia nada com nada, os exercícios propostos não eram relativos a fixação do conhecimento adquirido em sala, eram assuntos sem conexão alguma. Já procurei a supervisão para denunciar isso mas o que vejo é que mal sabem do assunto também. Ou seja, salve-se quem puder na educação de Caraguá.
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