sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

O PREFEITO ANTÔNIO CARLOS VAI RENUNCIAR

Há uma semana o prefeito de Caraguatatuba, Antônio Carlos da Silva, que governa o município há 15 anos, prometeu que vai renunciar ao seu mandato e irá governar a cidade somente até abril de 2016, cerca de seis meses antes da eleição de outubro que vai eleger um novo prefeito. As especulações em torno do assunto, indicam que ele não gostaria de deixar a cidade onde se tornou um homem muito rico e onde exerceu o poder de forma intensa. 
Algumas hipóteses podem ser consideradas em decorrência dessa decisão de sair do cargo e levar consigo o filho que é o seu vice prefeito. 
Porquê sair e levar o filho?
Há quem diga que o prefeito estaria arquitetando alguma forma de conseguir burlar a lei eleitoral e dar uma volta por cima para conseguir indicar o mesmo filho como possível candidato a prefeito em 2016.
Há, na legislação algumas possíveis brechas, mas à primeira vista, nenhuma delas permite que filho possa suceder ao pai no exercício de cargo executivo como o de prefeito, governador ou presidente da república. O fato de o filho ser o vice já tem que ser observado com atenção, porque uma coisa é substituir em caso de ausência temporária e outra é suceder definitivamente o pai, seja como vice ou como candidato.
Sabe-se que o prefeito é tinhoso, e faz qualquer coisa para conseguir realizar os seus desejos, que se for o de prosseguir mandando na cidade, poderá mesmo buscar impor o filho, até porque a sua personalidade excessivamente forte, não deixa crescer qualquer liderança à sua volta. Antônio Carlos não deixa ninguém crescer ao seu redor.
Da outra vez em que saiu do cargo, conseguiu eleger o Aguilar como sucessor, mas em seguida perdeu o controle da situação e afastou-se do poder municipal para ser deputado de pouquíssima expressão, já que o legislativo não é a mesma coisa que uma prefeitura onde o mandatário independe dos outros para sobreviver. Lá tudo é discutido e dividido nas bancadas, o que não agrada aos políticos personalistas.
Depois da experiência com o Aguilar o prefeito tem dificuldades para acreditar que alguém possa ser por ele indicado e, se eleito irá obedecer a sua orientação ou governar segundo a sua supervisão. Isso é muito importante para quem quer mandar e ser obedecido.
Ao que parece, o prefeito pode estar tentando, com a renúncia seis meses antes do fim do mandato, buscar alguma brecha para indicar o seu filho ou algum outro parente seu para o cargo de prefeito em 2016.

Os entendidos de legislação eleitoral acham que a ideia, se for tentada, vai esbarrar nas limitações da lei e da constituição. Que o cara é audacioso, não há dúvida, e certamente irá tentar.

Nenhum comentário: