UM AVIÃO SÍMBOLO DA TECNOLOGIA AERONÁUTICA BRASILEIRA

Como de costume, ontem eu fui ao Parque Santos Dumont em São José dos Campos, e tive uma crise de saudosismo diante do avião Bandeirante fabricado em 1970 pela Embraer, primeiro avião de doze lugares e maior avião produzido no Brasil. É que eu participei da fabricação do primeiro avião Bandeirante, já que eu tive a honra de ser funcionário daquela fábrica e participei ativamente no controle de qualidade do ferramental que viria a ser utilizado na produção de tão importante aeronave. Eu vi o primeiro vôo do primeiro avião da série, que na primeira tentativa de voar deu apenas o que se denomina de "salto", saiu do chão e voltou imediatamente sem levantar o vôo  propriamente dito.

Ali no Parque Santos Dumont está exposto para conhecimento público o exemplar que deve ser o primeiro avião da série, que pertenceu ao INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, e prestou serviços entre 1970 e 1979.
O que chamou-me a atenção é o fato de a aeronave estar precisando de uma boa manutenção já que apresenta sinais de desgaste pelo tempo de exposição ao sol e chuva, o que faz de tão importante símbolo da entrada do Brasil no mundo da produção de aviões, que até hoje tem honrado os investimentos nesse campo de tecnologia de altíssima precisão e vanguardismo tecnológico, um valioso documento histórico.
Seria oportuno que as autoridades olhassem e providenciassem as reformas que poderão permitir mais alguns anos ou décadas de vida útil ao Bandeirante do Parque Santos Dumont, o inventor do avião tão bem homenageado por emprestar seu nome ao parque.