terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

O BRASIL VOLTA A CRESCER EM 2016

O Brasil passa por uma readaptação da sua política econômica cujo desempenho esbarrou nos limites do próprio modelo. Economia é ciência e não permite aventuras e nem distrações, sob pena de o resultado ser desastroso.
A configuração do cenário mundial é o tabuleiro e as pedras são mexidas segundo um conjunto de fatores que equilibram ou não todo um conjunto de componentes que se somam para produzirem o resultado final que é a conjuntura econômica de cada país.  
Alguns modelos estão mais harmônicos do que o nosso é o exemplo da China e Coreia que conseguiram melhor adequação das suas conjunturas. A China tem hoje uma configuração parecida com a do Brasil, com renda per capta semelhante à nossa, com a vantagem de ter se dedicado mais profundamente à produção industrial e exportação de manufaturados, o que lhe garante bom nível de emprego, cuja produção pode em alguns setores ser quase que monopólio mundial, o caso dos celulares e tabletes que a China produz cerca de 90% do que se consome no mundo.
No Brasil os juros são muito altos ao contrário desses países em que os juros são baixos tanto para o produtor como para o consumidor. Nós baixamos os juros e a inflação nos ameaça, um problema que culturalmente não aflige outros países.
Temos que achar formas de reduzir os juros bancários ao consumidor sem que isso implique em aumento excessivo de consumo e gere inflação. Os juros da taxa SELIC encarecem as dívidas públicas, e também precisam ser controlados. Esse é o maior entrave na nossa economia que se encontrada a fórmula de se reduzir o custo sem gerar consumo exagerado e inflação, teremos desvendado o segredo.
As saídas do Brasil estão visíveis e já neste ano de 2016 a economia deverá ter um comportamento melhor do que 2015, não que se possa festejar, mas com certeza o desempenho deverá ser menos preocupante. O crescimento deverá ocorrer em níveis que irão tranquilizar a nação e essa é a opinião de todos os grandes analistas nacionais. As medidas que foram adotadas pelo governo são as mesmas que qualquer governo de direita ou de esquerda teriam que adotar para retomar o crescimento.
O Brasil precisa é de estabelecer melhores controles sobre os preços públicos, e os juros que são as únicas formas encontradas até então para controlar inflação, e isso acaba por sacrificar os meios de produção e conter o consumo que deveria ser incentivado e não reprimido por conta de possível perigo de inflação. O ideal seria que o consumo provocasse maior produção e mais vendas e assim, o sistema passaria a oferecer mais empregos, mais arrecadação e o crescimento natural e auto sustentável da economia como um todo. Se a procura por um produto aumenta o produtor aumenta o preço, e é essa a regra na livre iniciativa que nos rege e nela não se pode intervir a não ser com cultura e educação de consumo. Quando os fatores não estão alinhados um acaba prejudicando o outro. Na China os preços da energia, água, e outros preços públicos não são tão altos, e o cidadão acaba podendo poupar mais do que o brasileiro. Verdade que a poupança chinesa chega a 50% do que se ganha, enquanto que no Brasil não chega a 15%. Verdade também que os chineses precisam poupar mais do que o brasileiro porque lá ainda não existe um sistema previdenciário e sem aposentadoria e saúde pública satisfatórias, os cidadãos precisam garantir o seu futuro e por isso poupam mais que o brasileiro. O Brasil já tem alguns institutos que outros países em desenvolvimento não têm como sindicatos e previdência universal, aposentadoria social, seguro desemprego, e outros que tornam o custo do país mais alto. Os salários no brasil, nos últimos tempos, cresceram mais que os preços em geral o que aumenta o poder de compra mas torna a produção mais custosa. Alguns desses componentes serão implementados na China por que o sistema trabalhista irá cobrar isso. Por fim a corrupção que também encarece a economia pública vem encontrando limites e isso pode ser bom para se acreditar mais na nação e a confiança tanto de brasileiros como de estrangeiros vai gerar mais investimentos e a economia irá agradecer.

Assim, a saída do Brasil da crise é questão de tempo, mas não se há de pensar que o crescimento será o mesmo de alguns anos atrás porque o mundo todo quer o mesmo, e nos restará saber crescer apenas o necessário para que não haja crises e nem desenvolvimento pirotécnico.

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