Governar uma nação, seja de um país, um estado ou uma cidade,
não é tarefa para ser resolvida por mágicos e nem por amadores. O discurso dos
que combatiam o governo Dilma, era o da redução da quantidade de ministérios,
já que, segundo a maioria dos defensores do impeachment, trinta e nove ministérios era numero excessivo e a redução, segundo eles, era necessária.
O Temer, assim que assumiu tratou de cumprir a promessa feita
aos seus “protetores” políticos, dos partidos de oposição ao governo do PT, e
reduziu a quantidade de ministérios de forma drástica fazendo crer que haveria
uma grande economia no orçamento do planalto em decorrência dessa medida. Não
esperava ter dor de cabeça porque a medida era apregoada com alarde durante o “fora
Dilma”, e deveria ser aceita com facilidade pela população que, diziam eles,
estar enfastiada de tantos gastos ditos desnecessários.
Extinguiu o ministério da cultura que foi transformado em
secretaria sem status de ministério, e o povo reagiu, principalmente a
comunidade dos artistas que vem nos últimos anos sendo agraciada com verbas
para produção cultural, especialmente o cinema nacional e outros setores ligados
à produção cultural e artística, sob os auspícios da lei Rouanet. Houve uma
grita geral pela reativação do ministério com artistas na rua, artistas se
manifestando diante da plateia, em quase todos os espetáculos, o que gerou um
grande desconforto ao palácio do planalto. O resultado foi a reativação do
ministério da cultura numa ação rápida do governo, para evitar mais desgastes,
a mostrar que as ações de governo não são assim tão simples, e podem causar
reações de difícil previsão.
Temer vem perdendo pontos importantes neste início de
governo, e o acúmulo de desgastes pode inviabilizar a sua permanência no cargo.
Assim foi com a ideia de criar mais impostos, declarada na mídia pelo ministro
da fazenda e depois desmentida, com ideia de interferir na escolha do procurador
geral da republica dita pelo seu ministro da justiça e depois desmentida, com a
ideia de mexer na idade mínima para aposentadoria, e outros pontos que
desagradam a grandes grupos e instituições.
Hoje, domingo dia 22 de maio o presidente em exercício teve
que antecipar a sua volta de São Paulo para Brasília porque por que um
movimento popular instalou-se perto de sua residência na capital paulista. São
populares que dizem que querem a saída de Temer do poder. Uma parte do
movimento é pelo retorno da Dilma ao cargo de presidente, e outra parte do
movimento é pela saída de Temer e não quer a volta de Dilma. São setores
predominantes da sociedade que desejam novas eleições diante de tantas
desilusões causadas pelos seguidos escândalos publicados na imprensa dando
conta de uma corrupção generalizada no Brasil. A situação que vem sendo de conhecimento
público através da imprensa gerou uma insatisfação geral no povo que passou a
achar melhor que se fizesse uma nova eleição e de preferência eleição geral
para todos os cargos eletivos no Brasil. Este sentimento pode inviabilizar o
governo Temer e se aumentar o número e a frequência dessas manifestações
sociais, a saída não será outra se não elegermos novos governantes para o Brasil,
a começar pelas prefeituras e pelas câmaras de vereadores, assembleias
legislativas estaduais, câmara federal e senado.
Parece que nossa democracia resolveu ficar adulta.
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