Quando tudo parecia estar perdido, nasce um juiz negro cheio
de “marra” que resolve dar um pontapé inicial no jogo da luta contra a
corrupção no Brasil. Joaquim Barbosa, o mesmo sobrenome do Ruy Barbosa que lá atrás
também prestou irrelevantes serviços ao povo brasileiro. O Joaquim enfrentou
com a faca nos dentes os primeiros malfeitores surpreendidos pela justiça. Os “mensaleiros”
foram pra cadeia e alguns estão encontrando enormes dificuldades para saírem da
prisão.
Quando o Joaquim resolveu aposentar-se precocemente, o Brasil
sentiu que perdia o seu ícone da esperança, um importante guardião da moral
política nacional. Era o prenúncio do fim de uma grande esperança. Ele se foi,
deixou o cargo de ministro do supremo tribunal federal e partiu para o
anonimato, aparentemente casado do combate. Quem achou que a guerra estava
acabando logo viu que o Barbosa fez de forma discreta uma simples passagem de
bastão, como nas corridas de revezamento, em que os corredores cumprem um trajeto
e passam o bastão para outro que vai seguir levando a esperança de medalha.
Se tudo parecia silêncio, como na lenda da Fênix surge das
cinzas o juiz Moro que agarrou o bastão e tocou pra frente a corrida contra a
corrupção. Se o Barbosa foi um grande atleta, Moro pode superá-lo e quem sabe
repassar o bastão para alguém com mais pique, que ali na frente o aguarda ansiosamente.
Ministros de estado, senadores, deputados, governadores, e
muito mais, todos dormindo sob a assombração e o medo de que a manhã às seis
horas a polícia federal poderá estar batendo em suas portas. Alguns, aqueles
mais audaciosos que fizeram o diabo para estarem hoje no poder, nem dormem
direito, a menos que tomem soníferos fortíssimos, se droguem ou se embebedem. Quem diria que esses agentes
do mal poderiam ser incomodados no seu tranquilo sono da impunidade. O Brasil
mostra ao mundo que é um país safado, mas mostra também que não há mais
impunidade por aqui.
Os prefeitos e vereadores andam com a pulga na orelha porque
o castigo está vindo, não a cavalo como se dizia, mas de avião. Há vereadores
que estão no cargo e são movidos à propina, e há prefeitos que fizeram tanta
sujeira para seguirem no cargo que ao verem o castigo se aproximar andam
tomando um monte de “porcariadas”, como diria a minha mãe, para conseguirem dormir.
Hoje uma notícia importante alegrou o Brasil quando o Cunha, um dos maiores corruptos
da história moderna do Brasil, renunciou chorando, ao mandato de presidente da
câmara federal, e começa a ver o seu circo de papel ruir sob um enorme
temporal.
Eu falava no rádio que ia ver o Brasil livre desses vermes e
a profecia começa a ser realidade. Viva o brasil que vai voltar a ser Brasil.
João Lúcio Teixeira
Um comentário:
Ánalise baseada na Veja e Globo
O Juiz moro parcial , só ve o PT e quando trata de tucanos ou aliados faz vistas grossas
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