quinta-feira, 26 de outubro de 2017

O CORPO É FORTE, MAS TEM LIMITES

O poder tem o magnetismo e a magia de seduzir e embriagar pessoas, que sonham em ser o mais, o forte o dono e quem sabe até um deus. A vaidade é o principal elemento incentivador das disputas pelo poder como se ao invés de compromisso com as coletividades o poder se apresenta como um grande troféu a ser exibido sempre que meia duzia de pessoas estiverem assistindo a algum espetáculo inusitado onde a estrela seja o político.
Os mais insanos costumam gastar fortunas para chegar ao poder, seja comprando votos, seja pagando a um imenso contingente humano que vai às ruas em punhado as bandeiras de qualquer cor desde que bem remunerados.
Uma vez no poder a história atual do Brasil conta que o martírio diário se estabelece nas cobranças impertinentes e às vezes vergonhosas de cargos, ou favores outros descarados ou não.
O todo poderoso se compromete até o ultimo fio de cabelo para não perder aliados, ou quem sabe súditos, curvados para a frente em meneios subservientes. Em ritual grotesco uma falsa obediência se realiza a lustrar o ego do idiota grande diante do pequeno idiota, ambos no papel de figuras lendárias do teatro do absurdo. O de cima olha para o de baixo como se nele visse apenas o voto direto conseguido pelo poder convincente das benesses que são sempre oferecidas à custa do erário público donde o bandido de cima busca suprir o desejo d os bandidos de baixo.
Houve um tempo, no Brasil, em que os bandidos de cima nunca eram perturbados pela justiça ou pela polícia e disso eles se arvoravam alegando a impunidade do poderoso chefão.
Ontem, a câmara dos deputados federais julgou o pedido do Supremo Tribunal Federal para processar criminalmente o presidente Temer que na calada da noite recebeu no palácio do governo federal, um "empresário" corruptor confesso, em um ato de bandidagem extrema, tendo ele ingressado no ambiente do poder maior do Brasil pela porta dos fundos em drible à segurança para encontrar o presidente da republica na garagem, durante a noite às altas horas, para tratarem de propinas. Dois criminosos fazendo papeis de bandido de cima e bandido de baixo. O ato virou inquérito público criminal e a câmara votou pela suspensão do processo enquanto Temer for o presidente da república.
O detalhe importante de tudo isso foi o fato de o presidente da república o capitão mor de tantas alucinações políticas, não ter suportado a humilhação de se ver como réu e ter ido parar no hospital com boqueio do sistema urinário, ou seja, a  próstata do velho guerreiro faliu. Casado ele com uma mulher quarenta anos mais jovem, poderá se ver inutilizado como homem e destruído enquanto político, se a justiça, depois de terminado o seu mandato, der a ele o mesmo destino de outros como o Cabral por exemplo.. O corpo é forte, mas tem limites.

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