IDEB- Indice de Desenvolvimento
do Ensino Básico é o instrumento utilizado pelo MEC – Ministério da Educação e
Cultura, para medir o desempenho do ensino básico que inclui o fundamental e o
ensino médio que vão da 1ª a 9ª série.
Desde 2001 até 2011 a evolução
dos dados oficiais é muito acanhada para um país que necessita de mão de obra e
de pessoas preparadas para tocar a máquina da produção no país. O ensino fundamental
teve uma evolução de um décimo de ponto de 2010 para 2011 enquanto o ensino médio
permaneceu praticamente estável na sua pontuação.
Os dados mostram que não houve
evolução e que o ensino médio é o que apresenta pior desempenho, despejando uma
geração de jovens despreparados para o mundo do trabalho. Como é que alguém que
não sabe utilizar o mínimo necessário sobre a sua língua pátria e a matemática poderá aprender
a lidar com os manuais dos equipamentos que irá operar na produção de bens e
serviços?
Afinal, operar um computador para
jogos de brinquedo e bate papo na rede, não é o mesmo que usar o instrumento
para redigir uma carta de pedido de emprego ou um currículo.
As notas médias conseguidas nas
pesquisas são próximas de 4, muito baixas para um conjunto tão caro e complexo que é sistema de ensino brasileiro.
A conclusão é que, enquanto se der
mais importância à pavimentação de ruas do que a educação, certamente o Brasil
vai ser este retrato falso de um progresso bem pavimentado, mas mal educado.
O professor vale menos do que o operário de pavimentação de rua, que pode ser alguém sem conhecimento, mas bom no trabalho braçal. Ou seja, um possível analfabeto pode ganhar melhores salários do que um professor. Com todo respeito ao trabalhador quase analfabeto, mas há uma inversão de valores nessa situação.
Diante desse retrato deplorável, não nos restará alternativa a não ser contratar muitos policiais para conter a violência, porque quem não aprende ler nem escrever e nem trabalhar, terá grandes chances de se transformar em problemas sociais a serem combatidos pela força bruta de um sistema estúpido.
Finalmente ouviu-se de um ministro da educação, o Mercadante, algo que pode mudar a história. Ele disse hoje à imprensa que o ministério está estudando mudanças no programa de ensino nacional, mudanças que incluem a transformação do ensino médio em cursos profissionalizantes. Tomara que isso seja levado a termo.
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