quarta-feira, 3 de outubro de 2012

PROFISSÃO NÃO SE MISTURA COM POLÍTICAGEM


No serviço público há situações em que os profissionais são solicitados a validar atos equivocados e fornecer laudos que não refletem à realidade. Pedem a advogados para validar atos ilegais, noutras ocasiões são biólogos, psicólogos, médicos, engenheiros, todos são solicitados a fornecer laudos falsos sobre matéria de natureza exclusivamente técnica.
Se o emprego é daqueles em que o profissional pode ser demitido livremente, a subordinação e a necessidade do salário acabam induzindo o profissional a obedecer ordens incorretas dos seus superiores.
Recentemente soube-se que profissionais ligados a assuntos ambientais foram obrigados a aprovar situações de que discordavam, mas que a chefia exigia que fossem resolvidas de modo a agradar interesses estranhos. O chefe se negava a assinar junto os documentos imorais.
Não acataram as ordens e foram demitidos. 
Essa espécie de coação profissional acontece quase sempre nos assuntos de direito e meio ambiente, e com frequência também nas áreas de engenharia em que se exige que obras tecnicamente incorretas sejam aprovadas pelos profissionais que acabam tendo problemas mais tarde nos conselhos de ética de seus órgãos controladores da atividade, e até na justiça.
Em outro campo, existem profissionais que mesmo fora das suas atividades, acabam servindo de suporte para políticos mal intencionados, verdadeiros dilapidadores da coisa pública e fazem o papel de acobertadores do mal, em troca de vantagens quase sempre injustas ou imorais.
O caráter é a principal marca do homem e muito especialmente no ambiente público onde o interesse que deve prevalecer é o da coletividade e nunca o dos grupelhos alojados nas entranhas dos palácios, realizando negociatas que favorecem a si, aos seus familiares e seus amigos. Essas pessoas sempre acabam na rua da amargura, e é bem fácil ver-se pelo Brasil, pessoas que já foram importantes, exerceram cargos de destaque, fizeram tudo errado e hoje amargam o sabor azedo do ostracismo e até da falta de recursos para manterem um nível de vida razoável. Andam que nem fantasmas sempre em volta do poder pedindo até pata usar telefone e banheiro. De alguns deles dá pena, mas é o preço.
Pessoas que hoje praticam essas trapaças nos órgãos públicos, certamente amanhã estarão do mesmo jeito e sabe por quê?
Porque não são merecedoras de confiança, nem profissional e nem pessoal. Quem ajuda o ladrão a roubar não poderá merecer a confiança nem do próprio ladrão. Quem trás informações sobre o que lhe é confiado, poderá também levar informações quando mudar o poder ao qual serve.
A profissão é o maior patrimônio que se pode conseguir na vida, levando-se em conta que a vida só nos deixa duas opções honestas de sobrevivência:  ou se tem dinheiro e constrói a própria atividade econômica, ou não se tem dinheiro e vende a força de trabalho e dela sobrevive. Quem faz da profissão objeto da desonestidade, é desonesto e não deverá ter grandes futuros, porque quem vende o seu tesouro acaba pobre.  Se o tesouro for a profissão cujo juramento era o de fazer somente o bom uso do diploma, acabará na vala comum do descrédito. Quem prefere promiscuir na sua capacidade de realizar obras honestas, e obedece ordem de chefe mal intencionado, é tão safado quanto quem deu a ordem. A isso pode ser dado o nome de ética profissional ou até de ética moral, apesar da redundância.

Um comentário:

Unknown disse...


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