No serviço público há situações em que os
profissionais são solicitados a validar atos equivocados e fornecer laudos que
não refletem à realidade. Pedem a advogados para validar atos ilegais, noutras
ocasiões são biólogos, psicólogos, médicos, engenheiros, todos são solicitados
a fornecer laudos falsos sobre matéria de natureza exclusivamente técnica.
Se o emprego é
daqueles em que o profissional pode ser demitido livremente, a subordinação e a
necessidade do salário acabam induzindo o profissional a obedecer ordens
incorretas dos seus superiores.
Recentemente
soube-se que profissionais ligados a assuntos ambientais foram obrigados a
aprovar situações de que discordavam, mas que a chefia exigia que fossem
resolvidas de modo a agradar interesses estranhos. O chefe se negava a assinar junto
os documentos imorais.
Não acataram as
ordens e foram demitidos.
Essa espécie de
coação profissional acontece quase sempre nos assuntos de direito e meio
ambiente, e com frequência também nas áreas de engenharia em que se exige que
obras tecnicamente incorretas sejam aprovadas pelos profissionais que acabam
tendo problemas mais tarde nos conselhos de ética de
seus órgãos controladores da atividade, e até na justiça.
Em outro campo,
existem profissionais que mesmo fora das suas atividades, acabam servindo de
suporte para políticos mal intencionados, verdadeiros dilapidadores da coisa
pública e fazem o papel de acobertadores do mal, em troca de
vantagens quase sempre injustas ou imorais.
O caráter é a
principal marca do homem e muito especialmente no ambiente público onde o
interesse que deve prevalecer é o da coletividade e nunca o dos grupelhos
alojados nas entranhas dos palácios, realizando negociatas que favorecem a si, aos
seus familiares e seus amigos. Essas pessoas sempre acabam na rua da amargura,
e é bem fácil ver-se pelo Brasil, pessoas que já foram importantes, exerceram
cargos de destaque, fizeram tudo errado e hoje amargam o sabor azedo do
ostracismo e até da falta de recursos para manterem um nível de vida razoável. Andam
que nem fantasmas sempre em volta do poder pedindo até pata usar telefone e
banheiro. De alguns deles dá pena, mas é o preço.
Pessoas que hoje
praticam essas trapaças nos órgãos públicos, certamente amanhã estarão do mesmo
jeito e sabe por quê?
Porque não são
merecedoras de confiança, nem profissional e nem pessoal. Quem ajuda o ladrão a
roubar não poderá merecer a confiança nem do próprio ladrão. Quem
trás informações sobre o que lhe é confiado, poderá também levar
informações quando mudar o poder ao qual serve.
A profissão é
o maior patrimônio que se pode conseguir na vida, levando-se em conta
que a vida só nos deixa duas opções honestas de sobrevivência: ou se tem
dinheiro e constrói a própria atividade econômica, ou não se tem dinheiro e
vende a força de trabalho e dela sobrevive. Quem faz da profissão objeto da
desonestidade, é desonesto e não deverá ter grandes futuros, porque quem vende
o seu tesouro acaba pobre. Se o tesouro
for a profissão cujo juramento era o de fazer somente o bom uso do diploma,
acabará na vala comum do descrédito. Quem prefere promiscuir na sua capacidade
de realizar obras honestas, e obedece ordem de chefe mal intencionado, é tão
safado quanto quem deu a ordem. A isso pode ser dado o nome de ética
profissional ou até de ética moral, apesar da redundância.
Um comentário:
Bom,queria falar que me recomendaram esse blog é bom demais,ja li esse post varias vezes e outros,é sempre bom ver recomendações,ouvir falar que tem um site bom ai de rastreamento um tal de http://rastreamento.org alguem ja ouviu falar?sabe me falar se é bom?parabens pelo blog,posta mais por favor!! fuuui
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