sábado, 21 de dezembro de 2013

O PODER É UM PROBLEMA

Encontrei um Vereador de São José dos Campos e, em uma conversa rápida perguntei o que estava achando do desempenho do prefeito Carlinhos Almeida à frente do poder executivo local. A resposta foi simples: "Acho que está um pouco confuso, embora seja mais fácil lidar com ele do que com os seus antecessores".
Dias atrás encontrei o prefeito, falamos sobre o seu desempenho e ele me disse que achava que a mudança de filosofia de governo, saindo a cidade das mãos do PSDB e indo para as mãos do PT, é período delicado que exige atenção para não deixar perder o que há de bom dos governos anteriores e a implantação das novas diretrizes que irão identificar a mudança. Claro que nas entrelinhas pode-se perceber que se o povo resolveu mudar é por que algo não estava indo assim tão bem.
Ai, eu identifiquei um fato que vem chamando a atenção nos últimos dias, que é o carnaval que vinha há décadas sendo financiado quase que totalmente pela prefeitura. As escolas de samba são os vilões nesses casos, já que não conseguem arrecadar recursos e dependem do financiamento das prefeituras.
Neste ano, como no ano passado também já ocorreu, a prefeitura de São José dos Campos, resolveu não financiar os desfiles de escolas de samba e direcionou as verbas públicas aos blocos, trios elétricos, palcos e folias nos bairros.
Segundo propagado na imprensa, há, com a mudança, uma economia de cerca de 2 milhões de reais na avaliação da prefeitura, que ainda garante que a folia permite a participação de muito mais pessoas, do que os tradicionais desfiles que ocorriam em local centralizado com infra-estrutura cara e trabalhosa.
Imaginei que as pessoas envolvidas com escolas de samba estejam descontentes, restando saber se do outro lado há mais pessoas satisfeitas com a nova forma de se fazer carnaval na cidade.
Analizando o comentário do vereador que é da base de apoio do governo, os comentários do prefeito Carlinhos Almeida de que mudança é sempre complicada, e da imprensa que se manteve neutra na discussão sobre o fim das escolas de samba financiadas, é possível perceber o quanto é complicada a tal mudança de filosofia de governo. 
Parece que o velho ditado estava certo: "Só o futuro dirá quem tem razão".

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