terça-feira, 21 de janeiro de 2014

PREFEITOS EXISTEM PARA ADMINISTRAR VIDAS HUMANAS


Sempre dissemos na WEB e no rádio que ser prefeito é uma empreitada de altíssimo risco. O cidadão que ocupa esse cargo se expõe ao risco de ter complicações na liberdade pessoal, e o seu patrimônio corre o risco de ser confiscado para ressarcimento a possíveis prejuízos ao erário público. Temos alguns exemplos de ex-prefeitos cuja situação confirma a nossa afirmação. O Bernardo Ortiz, ex de Taubaté está inelegível, o Manoel Marcos ex de Ilhabela também e com o patrimônio comprometido, Paulo Ramos de ex de Ubatuba está inelegível, o Peixoto de Taubaté, inelegível, Antônio Carlos atual prefeito de Caraguá está inelegível, Aguilar, ex de Caragua, inelegível, dizem que o Juan, ex de São Sebastião, também está fora de combate, do mesmo jeito que o Hernane atual prefeito que já tem condenação na justiça eleitoral e está fora das futuras disputas, e assim, podemos ver que o risco é grande. A ideia de impunidade está chegando ao fim com a demonstração de Brasília nos casos do mensalão. Há mais gente inelegível por ai. O principal motivo dessas inelegibilidades é a nomeação de secretários políticos e não técnicos. A empresa privada exige mestrado, doutorado, MBA, duas línguas, e a política coloca em cargos executivos até analfabetos que podem contribuir com a obtenção de votos ou de fundos para campanha. O poder acaba nas mãos de gente que nunca foi a uma universidade e nem aprendeu a falar direito a própria língua. Assinam documentos importantes, mas falam, “seje”, “teje”, “percas salariais”, “a gente tá tando”, e assim vai. Depois que acabam o mandato, e de ter praticado os mais diversos absurdos em matéria de gerenciamento, por ignorância ou por má-fé em alguns casos, estão lotados de ações na justiça e em muitos casos, acabam na miséria, pra não usar termo chulo. Raul Seixas já avisava, mas eles não tiveram tempo, ou inteligência, nem pra ouvir o Raul. “Mamãe não quero ser prefeito, pode ser que eu seja eleito e alguém pode querer me assassinar”. O termo assassinar pode ser entendido como matar a pessoa literalmente, ou matar a figura pública com a desmoralização. Se ele tivesse vivo, o Raul, bateria palmas pra esses casos de políticos mortos virtualmente após condenação pela justiça. Alguns deles até são boa gente, mas erraram e estão pagando o preço. No caso de condenação pública não importa se o erro era de boa ou de má-fé. O ferro ferra de todo jeito.
O futuro indica que gestores públicos deverão ser pessoas preparadas tanto para decidir nas questões de interesse público, como para escolher colaboradores honestos, e competentes, capazes de fazer da máquina pública um fator de produção de resultados práticos, que gerem educação de qualidade e não essa pobreza de ensino, uma saúde descente e não esse monte de filas injustas, ou uma segurança pública que ponha ordem na sociedade e não essa complicação criminosa quase indomável.
Enquanto os “analfas” bons de voto ocuparem cargos importantes, e se dedicarem somente à inauguração de prédios novos, teremos que assistir a esse espetáculo nojento da corrupção e da incompetência gerencial.
A gente pode não mudar o mundo, mas tem o direito de criticar o que não está bom. Somos como a pulga que não mata o leão, mas o faz mudar de posição. A luta continua.
Uma definição importante minha que torno pública:
“Prefeitos não são somente para administrar sacos de cimento, mas acima de tudo, para administrar vidas humanas”.
João Lúcio Teixeira

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