quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

TUDO COMO UM DIA APÓS O OUTRO

Nada de novo quando um dia substitui o outro, a não ser um sol a mais, uma lua ou uma chuva, com vento ou com frio ou sem frio e sem vento. O tempo é motivo de assunto entre pessoas que sem ter o que falar, falam do calor do vento do frio ou da chuva e assim começam assuntos sem fim e muitas vezes sem utilidade por que o tempo não está sob o controle dos homens.  Falar do tempo não muda em nada o comportamento da natureza. Entretanto, pode haver um dia cujo surgimento pode influir seriamente no comportamento dos homens. É a passagem de ano, ocasião em que muitos prometem deixar de fumar, de beber, de comer bobagens, prometem emagrecer, enfim, muita gente aproveita a emoção da passagem do ano para tentar ser melhor do que tem sido. Essa é uma marca da passagem de ano que parece trazer a magia da transformação. Muitos dizem “eu quero ser melhor”.
Este ano de 2014 é marcado pela possibilidade de mudanças espetaculares, tendo em vista que no ano de 2013 o povo brasileiro foi às ruas em todo o país, e manifestou-se publicamente contra a corrupção na política. Alguns políticos velhos ficaram assustados, ao verem que podem ser eliminados da política por um povo cansado de sofrer nas filas da saúde, da cesta básica, do transporte coletivo, como se o povo brasileiro pedisse favores ou esmolas aos governantes que acham que o poder lhes pertence a não ao povo que os elegeu. Prefeitos, governadores, e presidente da república, todos governando para os seus partidos e não para o povo como um todo. Bandidos se instalaram no poder protegidos pelo crime organizado, ou pela impunidade, acabam ocupando cargos que lhes permitam fazer do dinheiro público propriedade suas e de suas famílias. 
As eleições de 2014 são muito importantes por que vai eleger deputados, e o eleitor paulista, principalmente precisa olhar para essa oportunidade como oportunidade de substituir do poder alguns especialistas em trambiques que lá se instalaram, e não dão as respostas que deveriam dar. Deputado não é pra agradar governador, mas para fiscalizar os atos do governo, tal qual o vereador é para o prefeito.
O Litoral Norte tem chances de eleger alguns deputados que poderiam defender os interesses da região, e não consegue por que vem candidatos de todos os lados buscar votos na região. Votam pedido de algum amigo mas depois nem sabe em quem votou.
Estão dizendo que pelo menos dois prefeitos da região vão colocar seus filhos como candidatos, o de São Sebastião vai colocar o Hernaninho “Junior” como candidato a deputado e o Antônio Carlos, que já cometeu o grave equívoco de pôr seu filho como vice, vai colocar a sua filha como candidata da deputada. Será que o poder é propriedade familiar? Será que nos partidos desses cidadãos não há ninguém melhor do que seus filhos ou será que os interesses seriam outros? É bom ter cuidado.
O Litoral Norte tem orçamentos melhores do que as cidades do Vale do Paraíba, se dividir-se a arrecadação pelo número de habitantes, e não consegue oferecer melhores condições de vida para os seus munícipes por que o dinheiro público some de forma enigmática.
A arrancada está dada, e o dia primeiro de janeiro é hoje, marcando a largada rumo a um ano em que nós vamos mudar tudo, e fazermos do nosso voto algo mais importante do que o interesse de famílias que querem se perpetuar no poder de forma interesseira.
É hora de se ter segurança descente, educação que ensina, saúde sem filas, transporte coletivo sem corrupção, empregos para os nossos filhos, menos violência urbana, hospitais que atendam satisfatoriamente, enfim, é hora de construirmos governos com participação do povo, sem as decisões de gabinete que interessam aos grupos econômicos e não ao povo.
Pensemos nisso e façamos do voto uma arma capaz de matar corruptos e incompetentes.
Voto por dinheiro? Nem pensar. Feliz ano novo.
João Lúcio Teixeira



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