Hoje tiramos a tarde pra rever o
projeto Tamar, primeira unidade instalada no Brasil, com cerca de 155
funcionários e um histórico de autossuficiência. O número de visitantes, a loja
de produtos com tema sobre a preservação das tartarugas marinhas, são
suficientes para manter a unidade de Praia do Forte e ainda ajudar a manter as
unidades como a de Ubatuba que ainda não conseguiu ser autossuficiente. O
projeto tem patrocínio de parte de suas despesas, custeadas pela Petrobrás, que
tem no projeto uma espécie de compensação dos danos ambientais por ela
provocados.
Alguns pontos chamam a atenção
dos visitantes, como o centro de reprodução, cuja foto mostra alguns ninhos
cercados por grades de plástico. São ovos coletados em praias onde há movimentação
de veículos e animais, cujos ovos são recolhidos para evitar que se percam.
Cada tartaruga põe cerca de 120 a 150 ovos, em um buraco de cerca de 60
centímetros de profundidade. Caso os veículos e pessoas amassem a areia, os
filhotes não conseguirão atingir a superfície e acabarão mortos. Os filhotes
levam de dois a três dias para romper a camada de areia, desde que não seja ela
pisoteada ou compactada por veículos.
Ninhos de ovos coletados em áreas de risco |
Assim, o Projeto Tamar, para
proteger a reprodução das tartarugas, acaba recolhendo os ovos e os deposita em
áreas protegidas do Projeto, garantindo assim a reprodução. Conversando com a
funcionária do TAMAR, de nome Mariucha, filha e neta de pescadores, tivemos a
informação de que de cada mil ovos, apenas uma ou duas tartarugas conseguem
atingir idade adulta. Perdem-se cerca de 998 ovos. Os principais predadores
são, as aves que atacam os filhotes no trajeto do ninho à água, ou os peixes
cujas bocas sejam maiores do que os filhotes. Assim, as tartarugas precisam da
proteção do Projeto Tamar para que não desapareçam do mundo real. As espécies
ainda em dificuldades são a Tartaruga de Pente e a Oliva.
Por sinal, quando estávamos na
Praia do Forte, no final da tarde de ontem, os funcionários do Tamar estavam
soltando alguns filhotes da tartaruga da espécie Oliva, que nasceram no parque
de reprodução.
O POVO QUE ASSISTIA, CERCA DE 100 PESSOAS, APLAUDIU.
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