Eu tenho afirmado que governar o Brasil nessa era do toma lá dê
cá, é missão para o super homem. Se você é governante e resolve não dar o que
os políticos querem, você não consegue governar porque os seus projetos são
barrados no congresso ou nas câmaras e assembleias. Se você dá o que eles
querem, se desgasta diante da opinião pública. A Dilma resolveu engrossar com o
PMDB e o seu governo encontra enormes dificuldades para prosperar. Se não der o
que querem vai ter que engolir a CPI da Petrobrás que vai dar problemas. O PMDB
é um partido, literalmente “partido” nas suas fileiras, com um monte de
interesses a serem defendidos, que não são exatamente os interesses do povo
brasileiro. São usineiros, empresas de lixo, construção civil, indústria,
serviços, tudo pendurado na sigla em busca de sombra e agua fresca junto ao
poder público federal. Na verdade, o PMDB descobriu que se não tiver o apoio do
PT no Rio de Janeiro, já que lá o Lindberg Faria vai ser candidato pelo PT e
com chances, o PMDB poderá perder o seu principal reduto. Outro estado em que
espera governar, o Ceará, a Dilma vai apoiar o candidato da família Gomes, do
Cyro. O PMDB está apavorado porque corre o risco de virar um PFL e deixar de
existir no mundo político nacional. A Dilma não quer abrir mão dessas
candidaturas e o PMDB sabe que sem apoio nessas áreas, ele se aproxima da morte
natural. A pressão que vem sofrendo a Dilma na câmara é muito grande porque
juntando-se as forças dos partidos de oposição com as do PMDB, a sua situação se
complica. A organização política brasileira se baseia no chamado sistema
tripartite que, em tese, deveria estar fincado no equilíbrio entre os poderes,
legislativo, o dos deputados e vereadores, o judiciário exercido pelos juízes e
o do executivo exercido pelos prefeitos, governadores e presidente da
república. Só que tudo isso é uma grande piada porque os juízes em alguns casos
dependem dos prefeitos para funcionarem o sistema judiciário municipal, noutras
vezes se corrompem e desvirtuam o poder que ocupam. Os vereadores e deputados,
uma vergonha porque ao invés de fiscalizarem o executivo e fazer leis, eles
preferem tapar buracos de ruas e podar árvores, em busca dos votos. Assim, fica
comprometido o sistema político nacional que ao invés de ter três poderes tem
um somente, o que opera orçamentos, que predomina só porque libera ou não
libera dinheiro. A crise do PMDB mostra a faceta por outro ângulo, ou seja,
quer participar dos cargos do governo federal e com isso distribuir benesses e
continuar e continuar teoricamente vivo, numa promiscuidade indecente que envergonha
o povo. É o famoso dá ou desce, lembram?
O país precisa livrar-se disso, mas o
único caminho é o voto direto e secreto que acaba sendo dado de forma
equivocada aos eternos piratas das urnas
O pior é que não há nenhum sistema melhor
do que a democracia para se por no lugar. O voto tem que melhorar a sua
qualidade, se não, o futuro será sempre o passado.
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