O mundo é mesmo uma bola, ou uma
roda, sei lá, mas que gira, gira. A gente vai vivendo e vai vendo o mesmo filme
se repetindo às vezes remasterizado, noutras no original, em uma espécie de vai
e vem sem fim. Era um tal Getulio Vargas que vestia-se de personagem amigo do
trabalhador que governou em regime de ditadura e só saiu do poder morto. Veio o
Juscelino com pose de bom rapaz, bonitão, elegante, cheiroso, figura que
conquistava o coração das pessoas como se fosse um amor do tipo “felizes para
sempre”. Nunca se viu tanta corrupção como na construção de Brasília. Enfim fez
bem para o Brasil porque se a capital da nação fosse o Rio de Janeiro, a
rocinha seria o Senado e a Favela da Maré a Câmara dos deputados. Mais tarde o
Jânio Quadros, figura caricata com um bigode que nem o do Hitler, pose de
reparador do mundo, que não conseguiu ficar no cargo por muito tempo. Renunciou
e deixou a batata quente no colo do João Goulart que nem foi ao “podium”. Foi
despejado do palácio, antes de tomar posse de fato e virou sem teto. Aí,
aqueles tais militares que governaram por conta do anticomunismo durante 21
anos, era de chumbo da vida brasileira, e o resultado foi essa ignorância
política que desenvolvemos porque éramos proibidos de pensar e de falar nesse assunto.
Ficamos burros de novo e a corrupção correu solta nos palácios do Brasil, só
que dessa vez a favor dos fardados de plantão. Dá-lhe AI-5, e outras exceções.
Pior é que ainda alguns idiotas que dizem ter saudades daquela palhaçada.
Finalmente encontramos o
governante ideal, que era o “play boy” das Alagoas, o Collor com dois eles, veio
para acabar com os marajás. Sabe o que é marajá? É uma figura da cultura
indiana que é carregado como santo em procissão, não trabalha não faz nada e
vive muito bem obrigado, numa mordomia total e é carregado pelos servos pra não
se cansar andando por ai. Ficou pouco tempo o Collor e logo foi pro saco numa
manifestação maravilhosa do povo na rua. Adeus a mais uma ilusão. Enfim,
chegamos ao poder com um operário sem dedo, português bem simples, que logo,
logo estava de terno “Armani” e “otras cositas más”. Luís Inácio foi bem,
governou para o povo e saiu bem avaliado do governo, fez a sucessora a Dilma
que parecia complementar o sonho brasileiro. Aí surge a tal da Petrobrás na
vida política brasileira, empresa com histórico de desenvolvimento tecnológico
de primeiríssimo mundo. Senadores tentam instaurar a CPI da Petrobrás sob a acusação
de compra superfaturada de empresa norte americana de petróleo, e o governo
quer impedir a instauração da CPI com a ameaça de instaurar a CPI do Metrô de
São Paulo e da construção do Porto de Pernambuco que podem enxovalhar as
imagens do PSDB e do PSB do Eduardo Campos governador do Pernambuco que quer
ser presidente da república. Olha a situação em que chegamos, com as ameaças de
tornar públicas as corrupções de todos os lados. Será que o imposto do brasileiro paga mesmo
essa conta maldita da corrupção? Parece que não há dúvida de que para se chegar
ao poder é necessário passar pelos caminhos da corrupção para que se possa
cobrir as despesas de campanha. Pode ser que o monte de dinheiro das campanhas
venham mesmo do próprio poder. O Eduardo Campos vai gastar quanto para tentar
ser presidente? E o Aécio? A Marina na eleição passada em que foi candidata a
presidente gastou cerce de 100 milhões. A Dilma muito mais do que isso e o
Serra também. Na vida privada, essas pessoas não têm patrimônio pra isso, e nem
como justificar os verdadeiros valores gastos nas campanhas.
Vem à tona a discussão sobre
financiamento de campanhas. Nesta semana o judiciário brasileiro aprovou regra
que proíbe doações de verbas de campanha por empresas privadas. É um bom começo
porque as empresas só põem dinheiro na campanha se forem receber de volta, e
essa devolução é que abre as portas da corrupção com licitações fraudadas, e
superfaturamentos. A gente anda meio sem rumo nessa questão do voto, e o
brasileiro certamente vai votar em candidatos que terão que pôr a mão na cumbuca
pra tirar de volta os custos das campanhas. O poder é muito caro, mas ditadura
também não presta. Se corrermos seremos pegos e se ficarmos seremos comidos. Perder
a fé, nós não podemos, e me lembro do lema dos amigos comunistas “firme na luta
irmão”. Mais tarde lá estava o irmão
comunista, dentro do poder, fazendo tudo que os outros faziam, que nem o porco,
ministro do filme “A revolução dos bichos.
Deus que fez o mundo, deveria
voltar aqui arrumar essa “bagaça” né? Ou será que ele desistiu de perder tempo
com o ser humano. Ainda bem que ele criou o voto direto e secreto. Obrigado
senhor!
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