O Tiririca antes de ser eleito prometeu
que iria procurar saber o que faz um deputado e depois falaria com a população.
O povo achou que ele iria debulhar o complexo político legislativo e explicar
ao povo o que eles fazem. Nada, nada, nada, falou mais desde que foi eleito e
agora diz que vai tentar a reeleição. É mais um deputado inútil como foi o
Juruna em outras épocas.
Segundo a constituição brasileira, a
principal função do deputado é fiscalizar os atos do governador, ou do
presidente da república se tratar de deputado federal.
Hoje ouvi na Rádio Piratininga de São José
dos Campos, enquanto esperava na fila para lavar meu carro, uma entrevista do
deputado Hélio Nishimoto do PSDB de São José dos Campos.
Durante toda a entrevista ele falou nas
obras que conseguiu para a região. Falou da estrada que liga São José a Campos
do Jordão que foi restaurada segundo ele a seu pedido. Falou da estrada que vai
sair ligando a Embraer à Rodovia dos Tamoios, e de mais um monte de obras que
diz ser de sua reivindicação.
Eu vi no deputado Nishimoto, com todo
respeito, um presidente de Sociedade Amigos de Bairro, que faz essas
reivindicações sem ganhar salário. Deputado custa caríssimo à população e se
for para pedir bico de luz e poda de árvore, não vale a pena se eleger
deputado. O deputado Nishimoto não falou no escândalo do Metrô Paulistano que
está envolvendo um monte de gente importante do PSDB desde o governo Covas. Não
falou em nenhuma lei de sua autoria que pudesse proteger os cidadãos da
corrupção no governo, não falou nada sobre fiscalização dos atos de governo e
ao contrário passou grande parte do tempo dizendo que o Geraldo não tem nada a
ver com a possível falta de água na capital paulista. Defendeu a interligação
do Rio Paraíba à Represa Cantareira e falou que o governador é uma beleza, sem
defeitos e nem pecados e que a culpa da falta de água na capital paulistana é
dos cariocas que usam a água do Rio Paraíba que nasce no estado de São Paulo. O
PSDB governa o estado há cerca de 20 anos e não fez os investimentos necessários
para prevenir a escassez de água na maior cidade da América Latina. Ainda
assim, a culpa é dos cariocas. Ora, se deputado é eleito para ocultar os erros
de seus governantes, o Nishimoto deveria ser secretário de obras e não
deputado. O deputado precisa exigir explicações do governo em casos de
denúncias ou dúvidas e não ficar protegendo o governador em troca de favores
orçamentários.
O Hélio é bom rapaz, mas está no lugar errado.
Deputado não é defensor, mas fiscal do governo.
Se eu for deputado eleito lá por Sucupira,
eu vou ficar de olho vivo no governo do estado Sucupirense, como diria o Odorico
Paraguaçu, meu correligionário. Se o governo for do meu partido eu vou
fiscalizar os atos de seus assessores para que ele erre o mínimo ou não erre
nada. Se for de outro partido, eu vou fazer a mesma coisa. Deputado é fiscal e
não parceiro. Ser aparceiro de quem deveria ser fiscalizado, é uma espécie de
prevaricação. Prevaricar é crime.
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