A Arara Azul voltou a abrir o
bico para nos confidenciar importante e delicada situação do sistema de saúde em Caraguatatuba. Há
boatos, e somente boatos por ora, que afirmam que a empresa Co
rpore que opera
parte do sistema de saúde de Caraguatatuba, não está suportando a carga de
trabalho da UPA e os riscos a que está se expondo pelo grande volume da
demanda, a falta de mão-de-obra e de equipamentos, e poderá desistir do
contrato e deixar o município. Caso isso de fato ocorra, será o caos
definitivamente, já que a empresa Bandeirante que operava o sistema há um ano,
deixou a cidade e foi substituída pala Corpore que mostra desânimo. O sistema
precisa funcionar custe o que custar.
Os médicos são contratados, mas
muitos deles não permanecem no quadro.
O encaminhamento de pacientes
para o único hospital da cidade tem sido dificultado por falta de vagas, o que
já não vinha acontecendo nos últimos meses de gestão das freiras antes da
intervenção do município naquele nosocômio. Nós dissemos aqui que intervir em
sistema de saúde ou em sistema de transporte coletivo, é muito arriscado porque
são sistemas que atendem a muitas pessoas diariamente e elas se revoltam quando
a intervenção não é suficiente para solucionar os problemas de atendimento.
O melhor caminho seria o prefeito
de Caraguá, voltar atrás nessa ideia de intervir e desapropriar, devolver o
hospital às freiras que o administravam há mais de sessenta anos, e fornecer
recursos mínimos suficientes para a operação do sistema. Não se pode torcer
para o “quanto pior melhor”, porque nós mesmos poderemos ser as próximas vítimas,
mas é necessário mostrar que a intervenção não deu certo e que não é vergonha
reconhecer os próprios erros ou fracassos. Ninguém acerta em tudo o que faz, e
errar é humano.
O prefeito tem as suas virtudes
que quase sempre se destacam pela coragem ao enfrentar dificuldades, mas ele
precisa saber que não é Deus e se necessário, precisa saber recuar para não ser
abatido politicamente. Há recuos que são estratégicos.
Acertou em muitas ações de seu
governo, mas deve repensar essa situação e deixar a saúde para quem possa fazer
o melhor neste momento delicado.
Sabemos que se ele oferecer de
volta o hospital aos seus verdadeiros donos, não vai ser diminuído nem
desmoralizado por isso. Seria um ato de dignidade que pode até valorizar a sua
imagem, atenuar a pecha de “teimoso”, e permitir que recupere o seu prestigio
político que anda abalado.
O plano inicial definido pelo
Conselho Municipal de Saúde era de se fazer uma UPA no Porto Novo, uma sala de
estabilização com médicos 24 horas no Massaguaçu e deixar o pronto socorro e
pronto atendimento do centro da cidade por conta do hospital. Retomar essa
estratégia seria oportuno e eu baterei palmas se isso acontecer. Não digam que
estamos torcendo contra, porque não somos loucos de destruir o que poderá
salvar a nossa própria vida.
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