A televisão Vanguarda apresentou
importante reportagem sobre usuários de crack em várias cidades de vários
estados brasileiros, e deixou evidente a gravidade do problema que se alastra
em todos os estados. A matéria mostra inúmeras pessoas nas ruas e praças
usando, vendendo e se destruindo com a droga altamente prejudicial à saúde. Um
estudo cientifico dá esperanças de que o tratamento dessa dependência, hoje
difícil de ser tratada, poderá ser possível, mas a solução técnica é apenas um
paliativo que surge depois que o estrago já está feito. Os usuários encontram
facilidade para conseguir a droga enquanto que as autoridades não conseguem
impedir que o tráfico seja dificultado, e há até notícias de autoridades
envolvidas nessas negociações. Curar viciados é uma operação caríssima, que
mais se parece com enxugamento de gelo, já que enquanto um paciente é curado,
outros estão sendo viciados lá na mesma rua ou praça que todo mundo sabe, mas
que não se consegue impedir o tráfico. Se a droga chega tão fácil nas mãos dos
viciados ou dos curiosos, o problema está no campo da autoridade pública que
não se dedica a impedir o fornecimento.
Os três governos, estadual,
federal e municipal precisam juntas as forças e atacar com eficiência as
grandes porções que são transportadas, armazenadas e vendidas.
O racismo, as multas de trânsito,
e outras atividades menos danosas são combatidas com muito mais veemência do
que o tráfico de drogas, deixando parecer que chamar alguém de negro ou dirigir
sem cinto de segurança, sejam ações mais graves do que vender drogas. Com todo
o respeito aos irmãos afrodescendentes, mas a prioridade tem que ser a
eliminação do tráfico de drogas, cujo poder destrutivo é muito grande.
Os municípios podem exercer papel
importante nessa questão já que podem criar força pública municipal armada e
com poderes idênticos ao das polícias estaduais, juntar as forças dos três
poderes na guerra contra a droga. As câmeras de segurança precisam ser multiplicadas
e a sociedade tem que ser defendida dessa “epidemia” chamada crack. Quem
conhece alguma família onde haja algum usuário de crack, sabe o desespero dos
parentes ante à dificuldade da convivência doméstica.
Ações preventivas podem reduzir a
intensidade do problema, que é somente questão de vontade política.
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