domingo, 6 de dezembro de 2015

A CRISE DA ESQUERDA

Os países da América do Sul estão experimentando governos da chamada esquerda, ou governos oriundos das classes menos favorecidas, ou se quiserem, proletária. O Chile, com a Bachelet que governou, deixou o governo e voltou a vencer eleições, e desenvolve um governo de esquerda, sendo assim também na Venezuela desde 1999, quando Hugo Chaves chegou ao poder e depois de vitimado por um câncer foi substituído pelo Maduro que governa com base nos ideais Bolivarianos. É assim também no Uruguai que teve uma experiência mais aprofundada com o Velho Mojica, a Argentina com os doze anos de governos Kirchner, na Bolívia com o “índio” Evo Morales, que vem implementando uma política do tipo ditadura travestida de democracia, e por último, tem chamado a atenção o governo do Equador que acaba de aprovar mudanças na legislação o que vai permitir reeleições indefinidas a partir de 2021.
Esses países vivem experiências que, teoricamente, são voltadas ao combate à pobreza, redução das diferenças sociais, e intitulam seus governos de democráticos, já que realizam eleições periódicas, com votação direta do povo.
Qual seria então, a crítica que se pode fazer a esse sistema?
No Chile, nada a ser considerado porque lá a eleição é realmente livre, o povo vota com relativo grau de consciência, e o resultado é respeitado. Na Argentina pode-se admitir que apesar do mau humor e da tentativa da presidenta de demonizar a eleição de um candidato de oposição ao seu governo denominado de populista, o resultado do pleito foi respeitado.
Na Venezuela, é diferente porque desde que Hugo Chaves chegou ao poder com a propaganda  democrata, as leis do país já sofreram inúmeras mudanças para justificar a resistência de Chaves e agora do Maduro que não admitem ser substituídos por outra força que não seja a organização bolivariana que usa como mote o anti-capitalismo americano. Por lá assassinaram políticos de oposição ao Chavismo, e um líder importante está preso há mais de um ano sem culpa formada. Na Bolívia tudo se parece com a Venezuela, e o Equador começa a endurecer o regime que deixa de ser democrático no momento em que um grupo se perpetua no governo e usa de todas as formas, justas ou não, para impedir que o povo escolha outros líderes de vocação diferente.
A Argentina acaba de estabelecer a volta ao regime liberal, apregoado pelo seu presidente eleito semana passada um liberal de direita.
A Venezuela está realizando hoje as eleições de deputados, em que serão eleitos 167 parlamentares, e as pesquisas indicam que o governo bolivariano de Maduro poderá amargar uma derrota muito grande e ficar com cerca de um terço do parlamento o que impedirá a aprovação de quaisquer medidas do governo, que perde o controle do parlamento que detém há mais de 15 anos. Maduro pode até ser retirado do governo, se de fato se confirmarem as previsões das pesquisas, porque a legislação venezuelana contém dispositivo que permite essa espécie de manobra.

O Brasil mostra uma presidenta desgastada, tudo a indicar que os governos de esquerda na América Latina estão se exaurindo.

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